Projeto de Lei Nº 347/2015

"Os serviços da biblioteca pública devem ser oferecidos com base na igualdade de acesso para todos, sem distinção de idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua ou condição social. Serviços e materiais específicos devem ser postos à disposição dos utilizadores que, por qualquer razão, não possam usar os serviços e os materiais correntes como, por exemplo, minorias linguísticas, pessoas deficientes, hospitalizadas ou reclusas." - Manifesto da IFLA/Unesco sobre Bibliotecas Públicas – 1994

ABSURDO!

O parlamentar, uma vez que se manifesta "preocupado" com as Bibliotecas públicas, deveria fazer uma proposição legislativa que dotasse os Equipamentos Culturais com recursos públicos previstos e assegurados pelo Orçamento do Estado.

Acredito que os nossos representantes, antea de propor leis, por melhores intenções que tenham, devem consultar pelo mebos os especialistas da área, e claro, a população. Esta lei afastará ainda mais o usuário do livro. As bibliotecas precisam é ee incentivo para aprimorar o acervo e formar, bem como manter is mediadores de leitura, que saberão indicar ibras aos leitores. Não de maos censura. Ao que podemos ver, crianças e jovens não se tornam violentos ou são violentados por ler, mas pela ausência da leitura, do contato com a Literatura, com contadores de histórias. Sou escritora, narradora e mediadora de leitura, estou à disposição para o diálogo. E meu voto é CONTRA.

Deveriam criar uma lei para garantir o acesso aos livros e não uma maneira de restringi-lo.

Esse deputado está maluco, como é que ele faz um projeto de lei destinado às bibliotecas públicas, com a justificativa de que, quando ele vai comprar um livro ele quer que seja indicada a faixa etária... Ô, meu filho, nas bibliotecas não se vendem livros! Talvez, se for numa daquelas livrarias bem "antiguinhas", ou até em alguma biblioteca escolar, vc encontre livros separados por "faixa etária"!

Acho que vocês deveriam cuidar de assuntos inerentes aos cargos de vocês. Só um exemplo, um: por que não cuidam da Pça da Rodoviária? Aquilo sim, qualquer criança que passe ali, fica chocada com Belo Horizonte. É o Mal Vindo de MG.

Quem classifica os materiais de uma biblioteca são os bibliotecários e não um "punhado" de políticos que não tem mais o que fazer, a não ser inventar este tipo de lei da época das cavernas. Seus filhos, meus caros, possuem smartphones com a mágica INTERNET, acha mesmo que este tipo de PL "protege' alguém? Faça me o favor! Quem precisa observar e verificar o que o filho esta lendo são os pais! Pais do Brasil, se for pra ter filho e dar pra escola (leia-se aqui também: babá, diarista, tia, vó, computador, smartphone, tablet, etc.) cuidar, melhor se castrar!

Querem tranquilidade? Tranquem seus filhos em casa.

A classificação por faixa etária é utilizada em livros paradidáticos nas escolas e em suas bibliotecas e que já vem com indicação das editoras. Pelos códigos de classificação utilizados na Biblioteconomia, os acervos infantis já ficam separados do restante do acervo e em algumas bibliotecas públicas existe um setor específico para este público. Cabe aos pais e aos bibliotecários a mediação da leitura, até porque crianças devem ir a bibliotecas acompanhadas pelos pais para pegarem livros emprestados, segundo o Estatuto da Crianças e do Adolescente.

Melhor seria encaminhar um projeto de lei em que seja obrigado a presença do bibliotecário em todas as bibliotecas das escolas do estado. A capacidade de criar leis que melhore a qualidade da educação no Brasil esta defasada.

A mediação de leitura deve ser feita dentro do espaço da biblioteca, sala de aula ou em casa. Impor restrições afastando leitores dos livros, sem conhecer esses indivíduos, beira a censura medieval.