Memórias de torturas e assassinatos da ditadura

Acaba de ser lançado um livro que conta histórias de crimes do Estado do regime autoritário que ficaram impunes, mas não esquecidas. Elas têm que ser recontadas para os mais jovens, diz o jornalista Nilmário Miranda, assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, que assina em parceria com o jornalista Carlos Tiburcio e o poeta Pedro Tierra "Por trás das chamas: Mortos e desaparecidos políticos - 60 anos do golpe de 1964". Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político, Nilmário afirma que não é possível permitir o apagamento histórico e argumenta que também não é revanchismo, porque a maioria dos que torturaram e mataram já morreram e não podem mais pagar pelos crimes. Ele diz que é preciso contar a história para consolidar a democracia. Entre os 9 casos narrados, estão os horrores da Casa da Morte em Petrópolis e a Usina Cambahyba, em Campo dos Goytacazes, onde pelo menos 12 corpos de militantes foram incinerados.