Projeto de Lei Nº 1133/2023
Dá denominação ao Parque Estadual da Serra do Brigadeiro.
206 a favor106 contra
Inicio das opiniões: 08/08/2023
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Dá denominação ao Parque Estadual da Serra do Brigadeiro.
206 a favor106 contra
Inicio das opiniões: 08/08/2023
Mniaman Puri
A favor
Nova Iguaçu/RJ30/01/2025 às 07:06
Excelente projeto. Precisamos preencher as lacunas da história trazendo o resgate da cultura apagada. Isto é fundamental para recompor as identidades e restabelecer novas conexões de respeito a terra, ao meio ambiente e aos territórios.
Vanessa Puri
A favor
Muriaé/MG29/01/2025 às 18:53
A Serra é nosso território ancestral, é nosso direito ter nossas raizes reconhecidas e firmadas nos autos da história da região, Serra dos Puri Arrepiados deve ser chamada! Toda a região é território Puri, nosso apagamento não pode continuar incólume! Viva o povo Puri que vive e resiste! ¿¿¿
Eunice Espinola Puri
A favor
Salvador/BA29/01/2025 às 12:15
O resgate da cultura e de direito aos Puris que por tanto tempo foi dado como extintos. Salve o povo Puri.
RONYKELLSON
A favor
Fervedouro/MG25/01/2025 às 06:40
Estive pensando na historia da serra e entre versões homenageava ao povo puri, ela se chamava serra dos arrepiados. O que diz a historia que era por motivos do 'coque' de cabelo dos Indios. Ate chegar alguem em busca de riquezas expulsando meus parentes de suas terras, derrubando a mata e destruindo o ecossistema. As provas estão presentes lá, desde ferramentas esquecidas, nomes de localidades próximas também sugerem isso, como madeira e trilha do carvão. Acho justo devolver a serra aos meus parentes
Maurício
A favor
Araponga/MG24/01/2025 às 19:55
Sou a favor pq relembra a história do dos povos que um dia aqui na serra do arrepiado viveu
Arthur Valente
Contra
Juiz de Fora/MG24/01/2025 às 16:30
Sobre a proposta de alteração do nome de PE da Serra do Brigadeiro para PE da Serra dos Puri, venho propor algumas reflexões. Primeiro o parque foi legalmente instituído 4 anos antes da instituição da Lei do SNUC. Apesar de não retroagir, essa lei diz que o nome da Unidade de Conservação deverá basear-se, preferencialmente, na sua característica natural mais significativa, ou na sua denominação mais antiga, dando-se prioridade, neste último caso, às designações indígenas ancestrais.
O nome da serra do brigadeiro faz referência a Fazenda do Brigadeiro, uma das maiores propriedades, cuja sede histórica ainda está de pé. Permanece problemas fundiários que dificultam os investimentos de restauração. Na época da criação não havia estrutura de sede na estrada de Araponga-Fervedouro, a sede conhecida era a da fazenda do Brigadeiro, por isso a referência do nome, não se trata de homenagear o Brigadeiro, que ninguém sabe quem é direito. Não havia uma aldeia indígena como referência, aliás se houvesse haveria problema em dar destinação de área para unidade de conservação, como parques.
Segundo a justificativa do nobre Deputado, “...O território em questão é fortemente marcado pela presença do povo indígena "Puri"...“. Se isso for verdade então deveria propor uma Terra Indígena. Ainda, segundo o deputado, a primeira denominação da serra é “Serra dos Arrepiados”, nome que faz referência pejorativa aos Puri que habitavam a região. Portanto não havia denominação antiga e popular de Serra dos Puri, até porque haviam outros grupos como os Coroados. E, por justiça não se deve usar o nome pejorativo.
Passados 29 anos de criação, mudar o nome, pragmaticamente falando, provocaria quais consequências, entre positivas e negativas? As pessoas que ainda teimam em provocar queimadas criminosas no entorno e no parque respeitariam mais a natureza se o nome fosse Serra dos Puri?
Porque não se pode cogitar na mudança então para Serra dos Muriquis, o maior macaco das américas, certamente presente antes dos indígenas. Ou mesmo Serra das Arapongas. E por que as referências a cultura afrodescendente não pode fazer parte dessa discussão? Há lugares da serra que também tem essa referência.
O turismo ecológico seria afetado de quais formas? Quantas marcas de café de produção artesanal e largamente premiadas, um dos melhores cafés do mundo, como seriam impactadas? Quem faz essa proposta tem estudos sobre esses impactos?
Na intenção de criar maior sentimento de pertencimento, pode também a reboque trazer o viés de apropriação cultural. Não raro nas questões atuais de identidade, auto declaratória, vemos pessoas brancas, barbudas e brinco de pena dizendo-se indígenas. Já vi isso na Zona da Mata. Na busca por uma suposta justiça, essa foi a única alternativa que o nobre deputado encontrou? Não tem receio de prejudicar a preservação ambiental?
Um símbolo, como o nome de um parque natural, não é dado somente por sua referência original, mas pelo seu uso preponderante ao longo do tempo.
Será que o próximo passo de quem quer a mudança de nome não vai ser questionar a categoria de proteção integral? Assim provocando uma discussão que leve a menor proteção da Serra, abrindo espaço para apropriadores culturais afim de invadir terras, provocando queimadas, desmatamento, conflitos?
As pessoas que se incomodam com o nome Brigadeiro (um brigadeiro sem nome), supostamente genocida, não se incomodam com inúmeras referências católicas na região? A evangelização de indígenas também não foi igualmente responsável por destruir a cultura indígena? Quantas cruzes existem no topos das montanhas? Vão criticar o monte do Cruzeiro, o nome da cidade Rosário da Limeira, Dom Viçoso, Monte Alverne, Bom Jesus do Madeira? Vão criminalizar o cultivo do café, tão importante para a economia local e nacional? Pensem, há alternativas para essas comunidades descendentes de povos originários se valorizarem, se assim o querem.
Cristiane Fróes Soares dos Santos
Contra
Belo Horizonte/MG23/01/2025 às 17:48
Nada se pensou sobre oneração aos cobres públicos com essa mudança. O Parque já está consolidado, e seria necessário refazer ou reajustar várias estruturas e projetos que foram tão difíceis de conseguir desde a criação da unidade de conservação.
Sabrina
Contra
Viçosa/MG22/01/2025 às 16:01
Mudança de nome é mudança de identidade. Uma identidade que é fruto do árduo trabalho de tantas pessoas que lutaram para a visibilidade e valorização do Parque e do turismo na região. Muito melhor seria um projeto que direcionasse verbas para as melhorias necessárias no Parque.
Júlio
A favor
Viçosa/MG22/01/2025 às 15:15
Alguns comentários afirmam que a proposta nada tem a ver com o objetivo de proteção ambiental. Tais comentaristas estão totalmente equivocados. A iniciativa busca, entre outros aspectos, lançar luz sobre a ameaça da atividade de mineração na zona de amortecimento do parque, que restringe atividades econômicas danosas ao meio ambiente.
Na face leste da serra, estão concentrados dezenas de processos minerários (direitos de exploração futura de minerais presentes no subsolo) pertencentes à Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). É de interesse dessa mineradora expandir a extração de bauxita, matéria-prima para a produção de alumínio. Contudo, ela esbarra na legislação ambiental e, sobretudo, nas restrições impostas pela zona de amortecimento.
Se a atividade de mineração se expandir no entorno da serra, será o fim da agricultura familiar, do turismo de base comunitária, das cachoeiras e das nascentes dos cursos d’água, córregos e ribeirões usados para abastecer a população que reside na área urbana ao redor do parque.
O debate público serve para isso: a iniciativa busca esclarecer e dar visibilidade a diferentes questões, como as ambientais, históricas e relacionadas às atividades econômicas.
Os comentários são, no mínimo, bizarros. A questão central da proposta é a conservação do patrimônio ambiental herdado. Além disso, trata-se de uma iniciativa que busca colocar em discussão aspectos da nossa história, sobre os quais pouca gente tem conhecimento.
Brigadeiro não é comida, é uma patente militar. A Zona da Mata foi ocupada por meio de um processo militar genocida (Leia: Carta Régia de 13 de maio de 1808). A região está repleta de monumentos que homenageiam militares que prestaram serviços ao Império Português no século XIX, como, por exemplo, a estátua de Guido Thomaz Marlière na entrada de Visconde do Rio Branco e em outros municípios, como Cataguases.
Da mesma forma, temos a toponímia de várias localidades, como Guidoval e Guiricema, que homenageiam Guido Thomaz Marlière, um militar que desempenhou um papel central no processo de genocídio e epistemicídio, expropriando a população indígena.
Um país sem memória, como o nosso, homenageia torturadores e genocidas enquanto apaga a história daqueles que estavam aqui antes do violento processo de colonização. A serra não pertence ao brigadeiro; ela é do povo que habitava a região muito antes dessa história de violência e apagamento.
Maria Fernanda
Contra
Muriaé/MG22/01/2025 às 13:10
Sei que muitos estão querendo reparação histórica, mas quero que parem para pensar nas consequências dessa mudança para as pessoas que vivem do turismo hoje nesta região.
A consolidação do nome Circuito Serra do Brigadeiro vem sendo feita ao longo de anos, os custos para se confeccionar material de divulgação, material gráfico, construção de imagem, é um trabalho árduo e oneroso.
Essa proposta que está sendo feita vem com quantos milhões de contrapartida para efetuar o marketing e a divulgação e a reconstrução da imagem?
As pessoas que trabalham com turismo hoje, na Serra do Brigadeiro querem realmente essa mudança? Aprovam essa mudança?
A reparação histórica precisa ser feita de outras maneiras que não onerem ainda mais os cofres-públicos para refazer algo que já está feito.
Se querem reparação façam uma reforma na sede, criem um museu contando a história dos puris, paguem um descendente para trabalhar no parque e contar a história aos visitantes.
Tracem rotas para contas essa história.
Mas, NÃO, não mexam no nome, pois essa mudança estará prejudicando diretamente muitos empreendimentos, principalmente rurais, que trabalham com turismo nesta região.
Leonardo Joviano Peroni
Contra
Juiz de Fora/MG22/01/2025 às 13:07
É uma mudança muito radical, apesar da justificativa por motivos históricos e questões inerentes aos povos originários. Haverá resistência até mesmo para pessoas da área ambiental e da região em virtude do costume. Puris corrigiria uma contradição histórica, mas o Brigadeiro já é algo consolidado no imaginário popular.
Leonardo Joviano Peroni
Contra
Juiz de Fora/MG22/01/2025 às 11:05
Cristine
A favor
Viçosa/MG22/01/2025 às 09:24
Serra dos Puris valoriza e resgata a memória do lugar e do território, fortalecendo o pertencimento.
Cristine
A favor
Viçosa/MG22/01/2025 às 09:21
Priscila
A favor
Viçosa/MG22/01/2025 às 08:58
O parque surgiu depois da serra. A serra era chamada de serra dos arrepiados (devido ao cabelo dos puris que habitavam a região) antes de virar parque. O brigadeiro, uma autoridade da aeronáutica na época da ditadura, ganhou homenagem por apagar a existência dos indígenas.
Rogerio Clemente Pires
A favor
Muriaé/MG21/01/2025 às 23:02
Embora seja minima é uma justa deferência aos povos originários dessas terras, primeiros guardiões das nossas riquezas.
Eliab Souza Clemente
Contra
Rosário da Limeira/MG21/01/2025 às 19:20
Mudar nome não muda a responsabilidade e a necessidade de investimentos. Totalmente CONTRA esta mudança de nome. Somos totós SERRA DO BRIGADEIRo.
Olinda Severino Brexo Franquini
Contra
Fervedouro/MG21/01/2025 às 17:38
Totalmente contra a esta mudança, não se constrói história da noite pro dia, e o Parque tem este nome desde que surgiu e do nada mudança, um absurdo tal proposta. E ainda mais com opiniões de pessoas que nem se quer estão residindo na área regional.
ciro
Contra
Muriaé/MG21/01/2025 às 17:24
Desnecessário mudar o nome. É necessário mais investimentos, em material pra auxiliar os fiscais, agentes. Ferramentas que , tecnologias pra identificação de pontos de queimadas, diminuindo as tragédias como ocrrida recentemente.
Beatriz
A favor
Viçosa/MG21/01/2025 às 17:24
O povo que permitiu a preservação e a existência do parque até hoje precisa ser reconhecido, o parque não pode homenagear os alfozes do nosso povo, que dizimaram, roubaram e causaram terror entre os povos originários da nossa Terra.
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