A visita foi um desdobramento de audiência pública realizada pela comissão no último dia 12 sobre a possibilidade de fechamento do ensino noturno na escola

Deputados manifestam apoio à continuidade de ensino noturno

Comissão visitou a Escola Ordem e Progresso, em BH, e constatou uma estrutura apta para continuar com as aulas noturnas.

25/11/2015 - 22:00

Deputados manifestaram apoio à manutenção do ensino noturno na Escola Estadual Ordem e Progresso, da Capital, durante visita da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na noite desta quarta-feira (25/11/15), à unidade. Na visita, que foi solicitada pelos deputados Paulo Lamac (PT) e Douglas Melo (PSC), presidente e vice-presidente da comissão, respectivamente, e Sargento Rodrigues (PDT), os parlamentares puderam conhecer as instalações e a estrutura da escola.

A visita foi um desdobramento de audiência pública realizada pela comissão no último dia 12 sobre a possibilidade de fechamento do ensino noturno na escola, o que preocupa pais, alunos e corpo docente. Na ocasião, foi negado que o Governo Estadual tenha determinado o encerramento desse turno na escola ou em qualquer outro estabelecimento de ensino.

Nessa mesma reunião, também foi destacado pela direção da unidade que a estrutura física da escola precisa ser modernizada e que laudos técnicos elaborados neste ano mostraram a necessidade de se fazer adequações na rede elétrica do local. Para verificar esses aspectos, os deputados foram até a escola nesta quarta (25).

Segundo Paulo Lamac, ao observar a estrutura física, organização e conservação da escola, percebe-se que não é por acaso que a escola obtém resultados diferenciados. “A estrutura é muito acima da média”, disse. Ele relatou que, apesar de a direção ressaltar que a capacidade elétrica está subdimensionada, com a visita ao espaço à noite, a aparência é de que a estrutura está apta para atender os alunos.

Lamac explicou ainda que os aspectos técnicos serão tratados por engenheiros da Secretaria de Estado de Educação e da Polícia Civil de forma conjunta. “É importante que, mantendo a carga elétrica atual, continue também o número de turmas já ofertadas, até que as reformas necessárias sejam feitas e as vagas também ampliadas”, destacou.

Para Sargento Rodrigues, a escola funciona normalmente no período noturno. “Não há dificuldade com energia elétrica na escola. É mais um motivo para que a comissão trabalhe pela manutenção do ensino noturno”, enfatizou. Ele também salientou que jovens, que estudam na escola à noite, precisam trabalhar durante o dia e que fechar turmas do ensino noturno é andar na contramão.

O professor de Sociologia, Leandro da Costa Januário, que também acompanhou a visita da comissão, relatou que trabalha na escola há três anos e que episódios que envolvam a falta de luz no local são raros. “Apenas no ano passado, houve dois episódios, mas eles foram motivados por fatores externos”, contou. Para ele, a escola precisa de melhorias pontuais na estrutura como diversas outras, mas nada que impeça o seu funcionamento.

Direção da escola destaca necessidade de melhorias

Segundo o diretor do Instituto de Criminologia da Academia de Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Acadepol), Jorge Wagner Ribeiro Barbosa, se a escola trabalhasse no máximo de sua capacidade no turno noturno, haveria uma sobrecarga na parte elétrica, conforme constatou uma perícia solicitada.

Ele enfatizou que a orientação sobre o fim do turno noturno nas escolas era do governo anterior e que a atual gestão no Estado pretende manter as vagas. “A visita nos mostra que teremos apoio para retomar o ensino noturno na escola em sua plenitude e em condições favoráveis”, acrescentou.

O diretor da escola, Aci Alves dos Santos, relatou que a escola situada no bairro Nova Gameleira é da década de 1990 e foi se ampliando sem passar por reforma na parte elétrica. “Há a necessidade de adequar essa parte às necessidades atuais”, disse.

Visita – Também participaram da visita o tenente Júlio César Ferreira dos Santos e o soldado Pablo Fernandes Pereira, representando o Corpo de Bombeiros; o engenheiro Civil Metropolitana B, Luiz Henrique de Paula Ribeiro; o diretor educacional da Superintendência Regional de Ensino Metropolitana B, Webster Silvino de Oliveira; além de representantes do corpo docente.

Escola - Pertencente à estrutura orgânica da Polícia Civil de Minas Gerais, a escola atende prioritariamente dependentes de policiais civis. Compõem sua estrutura 14 salas de aula, duas quadras e laboratórios, entre outros. Atualmente, 1.194 alunos ao todo estudam na unidade, que conta com cinco turmas na parte da noite.

Consulte o resultado da visita.