PL PROJETO DE LEI 195/2003
PROJETO DE LEI Nº 195/2003
Dá nova denominação à Escola Estadual Presidente Kennedy, localizada no Município de Monsenhor Paulo.
A Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais decreta:
Art. 1º - Passa a denominar-se Escola Estadual Padre Rogério Abdala a Escola Estadual Presidente Kennedy, localizada no Município de Monsenhor Paulo.
Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.
Sala das Reuniões, 27 de fevereiro de 2003.
Dalmo Ribeiro Silva
Justificação: A proposta de se alterar a denominação da Escola Estadual Presidente Kennedy para Escola Estadual Padre Rogério Abdala atende aos anseios não só de seu corpo docente e discente como também da comunidade do Município de Monsenhor Paulo. A razão dessa vontade torna-se evidente ao se tomar conhecimento da história da ilustre figura que se pretende homenagear, o saudoso Pe. Rogério Abdala, que tanto contribuiu para a educação em Monsenhor Paulo.
Rogério Abdala nasceu em 16/9/35, na cidade de Campos Gerais, filho de Feres Abdala e de d. Sada Nasser Abdala, ambos libaneses. Deu início aos estudos na Escola Estadual Carlos Gois e, posteriormente, cursou no seminário, em Campanha, o 1º e o 2º graus.
Foi para o Seminário Maior de São José de Mariana, onde fez o curso superior de Filosofia e Teologia. Após receber o Diaconato, ordenou-se padre, no dia 16/7/61, em Campos Gerais. Foi coadjutor em Nepomuceno e Varginha e Diretor da Rádio Difusora de Campanha; em 27/1/63, foi nomeado vigário de Monsenhor Paulo.
Em Monsenhor Paulo, Pe. Rogério constatou a falta de opção para os jovens paulenses, que, pela inexistência da oferta de ensino, especialmente em nível de 2º grau, não davam prosseguimento aos seus estudos. Restava-lhes o passeio nos fins de tarde, na praça da Igreja.
Diante desta realidade e associando-se ao propósito de jovens recém- formados nos colégios internos das cidades vizinhas que queriam prosseguir seus estudos, Pe. Rogério iniciou sua decisiva participação no que resultaria na criação de uma escola.
Graças ao espírito empreendedor e pioneiro de Pe. Rogério, de seu trabalho persistente, de sua campanha de conscientização (durante as missas e visitas às casas), de seu incentivo, levando a cada lar mensagens através dos boletins paroquiais, abriu-se um novo horizonte para os que queriam estudar.
No dia 8/3/64, o Ginásio Paroquial foi instalado, com a presença de várias autoridades locais e de cidades vizinhas. O prédio da Escola Estadual Professor João Mestre foi cedido pelo Estado para funcionamento da nova escola, por meio de ordem expedida pelo Secretário da Educação, José de Faria Tavares, e obtida por Pe. Rogério. O funcionamento era noturno.
Para estar mais em contato com os jovens, abriu as portas da Casa Paroquial e providenciou uma vida mais social, com jogos, dança. Lá se conversava, jogava-se e dançava-se. Ele se preocupava com o ser humano e com a criação de ambiente de lazer sadio para os jovens.
Nessa mesma ocasião, numa vibração sem precedente, estimulou os jovens paulenses na prática do esporte. Inscreveu os times de vôlei e futebol nas olimpíadas realizadas na cidade vizinha de Campanha. Nesse período, os paulenses viveram um clima de autêntica festa de desporto amador.
O progresso foi trazendo requintes. Daí, sob a liderança de Pe. Rogério, começou a campanha pró-construção do Ginásio, depois de o pároco ter conseguido junto à Cúria Diocesana a doação do terreno.
Organizou o Grêmio Estudantil, que promovia eventos em benefício da Escola e a comissão para a construção do prédio próprio para funcionamento da Escola Presidente Kennedy.
Em dezembro de 1965, o Governador do Estado, Magalhães Pinto, criou o Ginásio Estadual Presidente Kennedy. A comissão pró- construção entregou o prédio pronto em 20/1/66, quando se deu a instalação do Ginásio Estadual. Em 1968, o 2º grau foi autorizado. Pe. Rogério foi empossado naquela data como seu primeiro Diretor e nesse cargo permaneceu até março de 1970. Em todo esse período, em Monsenhor Paulo, Pe. Rogério foi o vértice da família paulense. Foi agraciado com o título de Cidadão Paulense e é sempre lembrado como símbolo do ensino, nessa cidade.
Pe. Rogério deixou Monsenhor Paulo e se mudou para Belo Horizonte, onde desempenhou várias atividades ministeriais: Capelão do Instituto Santa Tereza, Capelão do Abrigo da Polícia Civil, Capelão da Casa de Detenção Antônio Dutra Ladeira, Vigário na Paróquia Nossa Senhora Mãe de Jesus, em Roças Novas. Nesse período, cursou a Faculdade de Direito.
Foi agraciado, entre outras, com as Medalhas de Honra ao Mérito Santos Dumont, Inconfidência Mineira e Almirante Tamandaré.
Foi Diretor do SESI Benjamim Guimarães, onde trabalhou 18 anos e se aposentou.
Pe. Rogério faleceu no dia 19 de dezembro de 1994. Foi sepultado em Campos Gerais, sua terra natal, com o registro de pesar e de sincera gratidão da comunidade paulense, pois todos recordavam seu zelo, seu empenho e dedicação e seu exemplo de integridade moral, de personalidade marcante e de convicção quanto a seus ideais.
Por estas razões, aguardo dos meus nobres pares aprovação a esta nossa proposição.
- Publicado, vai o projeto às Comissões de Justiça, para exame preliminar, e de Educação, para deliberação, nos termos do art. 188, c/c o art. 103, inciso I, do Regimento Interno.
Dá nova denominação à Escola Estadual Presidente Kennedy, localizada no Município de Monsenhor Paulo.
A Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais decreta:
Art. 1º - Passa a denominar-se Escola Estadual Padre Rogério Abdala a Escola Estadual Presidente Kennedy, localizada no Município de Monsenhor Paulo.
Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.
Sala das Reuniões, 27 de fevereiro de 2003.
Dalmo Ribeiro Silva
Justificação: A proposta de se alterar a denominação da Escola Estadual Presidente Kennedy para Escola Estadual Padre Rogério Abdala atende aos anseios não só de seu corpo docente e discente como também da comunidade do Município de Monsenhor Paulo. A razão dessa vontade torna-se evidente ao se tomar conhecimento da história da ilustre figura que se pretende homenagear, o saudoso Pe. Rogério Abdala, que tanto contribuiu para a educação em Monsenhor Paulo.
Rogério Abdala nasceu em 16/9/35, na cidade de Campos Gerais, filho de Feres Abdala e de d. Sada Nasser Abdala, ambos libaneses. Deu início aos estudos na Escola Estadual Carlos Gois e, posteriormente, cursou no seminário, em Campanha, o 1º e o 2º graus.
Foi para o Seminário Maior de São José de Mariana, onde fez o curso superior de Filosofia e Teologia. Após receber o Diaconato, ordenou-se padre, no dia 16/7/61, em Campos Gerais. Foi coadjutor em Nepomuceno e Varginha e Diretor da Rádio Difusora de Campanha; em 27/1/63, foi nomeado vigário de Monsenhor Paulo.
Em Monsenhor Paulo, Pe. Rogério constatou a falta de opção para os jovens paulenses, que, pela inexistência da oferta de ensino, especialmente em nível de 2º grau, não davam prosseguimento aos seus estudos. Restava-lhes o passeio nos fins de tarde, na praça da Igreja.
Diante desta realidade e associando-se ao propósito de jovens recém- formados nos colégios internos das cidades vizinhas que queriam prosseguir seus estudos, Pe. Rogério iniciou sua decisiva participação no que resultaria na criação de uma escola.
Graças ao espírito empreendedor e pioneiro de Pe. Rogério, de seu trabalho persistente, de sua campanha de conscientização (durante as missas e visitas às casas), de seu incentivo, levando a cada lar mensagens através dos boletins paroquiais, abriu-se um novo horizonte para os que queriam estudar.
No dia 8/3/64, o Ginásio Paroquial foi instalado, com a presença de várias autoridades locais e de cidades vizinhas. O prédio da Escola Estadual Professor João Mestre foi cedido pelo Estado para funcionamento da nova escola, por meio de ordem expedida pelo Secretário da Educação, José de Faria Tavares, e obtida por Pe. Rogério. O funcionamento era noturno.
Para estar mais em contato com os jovens, abriu as portas da Casa Paroquial e providenciou uma vida mais social, com jogos, dança. Lá se conversava, jogava-se e dançava-se. Ele se preocupava com o ser humano e com a criação de ambiente de lazer sadio para os jovens.
Nessa mesma ocasião, numa vibração sem precedente, estimulou os jovens paulenses na prática do esporte. Inscreveu os times de vôlei e futebol nas olimpíadas realizadas na cidade vizinha de Campanha. Nesse período, os paulenses viveram um clima de autêntica festa de desporto amador.
O progresso foi trazendo requintes. Daí, sob a liderança de Pe. Rogério, começou a campanha pró-construção do Ginásio, depois de o pároco ter conseguido junto à Cúria Diocesana a doação do terreno.
Organizou o Grêmio Estudantil, que promovia eventos em benefício da Escola e a comissão para a construção do prédio próprio para funcionamento da Escola Presidente Kennedy.
Em dezembro de 1965, o Governador do Estado, Magalhães Pinto, criou o Ginásio Estadual Presidente Kennedy. A comissão pró- construção entregou o prédio pronto em 20/1/66, quando se deu a instalação do Ginásio Estadual. Em 1968, o 2º grau foi autorizado. Pe. Rogério foi empossado naquela data como seu primeiro Diretor e nesse cargo permaneceu até março de 1970. Em todo esse período, em Monsenhor Paulo, Pe. Rogério foi o vértice da família paulense. Foi agraciado com o título de Cidadão Paulense e é sempre lembrado como símbolo do ensino, nessa cidade.
Pe. Rogério deixou Monsenhor Paulo e se mudou para Belo Horizonte, onde desempenhou várias atividades ministeriais: Capelão do Instituto Santa Tereza, Capelão do Abrigo da Polícia Civil, Capelão da Casa de Detenção Antônio Dutra Ladeira, Vigário na Paróquia Nossa Senhora Mãe de Jesus, em Roças Novas. Nesse período, cursou a Faculdade de Direito.
Foi agraciado, entre outras, com as Medalhas de Honra ao Mérito Santos Dumont, Inconfidência Mineira e Almirante Tamandaré.
Foi Diretor do SESI Benjamim Guimarães, onde trabalhou 18 anos e se aposentou.
Pe. Rogério faleceu no dia 19 de dezembro de 1994. Foi sepultado em Campos Gerais, sua terra natal, com o registro de pesar e de sincera gratidão da comunidade paulense, pois todos recordavam seu zelo, seu empenho e dedicação e seu exemplo de integridade moral, de personalidade marcante e de convicção quanto a seus ideais.
Por estas razões, aguardo dos meus nobres pares aprovação a esta nossa proposição.
- Publicado, vai o projeto às Comissões de Justiça, para exame preliminar, e de Educação, para deliberação, nos termos do art. 188, c/c o art. 103, inciso I, do Regimento Interno.