DEPUTADO MAURO TRAMONTE (PRB)
Questão de Ordem
Legislatura 19ª legislatura, 1ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 09/03/2019
Página 68, Coluna 1
Assunto FINANÇAS PÚBLICAS. MINERAÇÃO. MUNICÍPIOS E DESENVOLVIMENTO REGIONAL. SEGURANÇA PÚBLICA.
13ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 19ª LEGISLATURA, EM 7/3/2019
Palavras do deputado Mauro Tramonte
O deputado Mauro Tramonte – Sr. Presidente, gostaria, primeiramente, de deixar um grande abraço à nossa segurança no Carnaval. Em Minas Gerais, houve redução de 59% das ocorrências. Então, parabéns a todos os órgãos de segurança envolvidos no Carnaval, pois houve redução de 59% das ocorrências em Minas Gerais. Não estou dizendo em Belo Horizonte e, sim, em Minas Gerais. É um número significativo e isso nos anima muito. Em segundo lugar, queria dizer que passeei em Macacos no final de semana e o que vi lá foi uma solidão total, uma revolta total dos comerciantes. Vi comerciantes com água dos olhos por ter que dispensar 8, 10 funcionários de uma vez porque não há perspectiva. Não sabem quando voltarão as atividades. São restaurantes tradicionais, que estão lá há décadas, e hoje há apenas uma mesa ocupada pelo próprio proprietário. É uma tristeza ver aquela cidade, aquele local! Antes a cidade era lotada e hoje não tem ninguém. Macacos ficará deserto se não for reativado imediatamente. E tem de reativar. Acionamos o Ministério Público e gostaríamos que depois ele verificasse a nossa solicitação, pois, segundo informações, a estrada pertence a Nova Lima, mas a empresa simplesmente a fechou e não deixava ninguém passar. Agora, com a intervenção da Polícia Militar junto com o pessoal da Defesa Civil, eles abriram essa estrada para passagem. Então, queremos realmente apurar se essa estrada pertence ao município ou à mineradora, porque, se for ao município, ela tem de ser aberta, não pode ser fechada. Outra coisa, Sr. Presidente, estamos aqui com um artigo que vi hoje, no Jornal O Tempo, assinado por Eduardo M. C. Cruz, consultor, com o seguinte título: “Anarriê”. Entre outros assuntos, ele fala sobre a economia em nosso Estado – vou pegar só alguns trechos por conta do tempo. (- Lê:) “Em 1968, o Diagnóstico da Economia Mineira, realizado por um grupo de economistas mineiros, vaticinou: pior que o diagnóstico é o prognóstico. (…) foi sob a ameaça desse destino sombrio que o Instituto Integrado de Desenvolvimento Econômico – Indi – o BDMG e a Companhia de Distritos Industriais de Minas Gerais foram criados. A iniciativa foi exitosa. Indi e BDMG tornaram-se instituições modernas e eficientes. O Indi correu o mundo em busca de investimentos para o Estado. (…) O perfil da economia mineira começa a mudar fortemente (…) Passados 50 anos, …” – de 1968 para cá - “… a situação do Estado volta a ser dramática”. Ele menciona anarriê referindo-se a um movimento de dança da quadrilha. Quando se fala anarriê, todos que estão dançando dão um passo para trás. E ele diz aqui: “Anarriê, e o Estado começou sua marchá a ré. (…) A siderurgia está obsoleta, e a metalurgia a segue alguns passos atrás. (…) Nossa economia está na UTI. O Indi e o BDMG foram esvaziados e descaracterizados, deixando de cumprir seu papel na atração de investimentos para o Estado. A infraestrutura mineira é obsoleta. Não há investimentos em rodovias, ferrovias, gás e energia elétrica. A duplicação da BR-381 arrasta-se há anos, e a da BR-040 não saiu do papel, apesar de os mineiros pagarem pedágios há mais de quatro anos. BR-262, vital para Minas, já que corta o Estado leste a oeste, foi objeto de uma licitação malfeita. (…) A mentalidade da máquina pública é arrecadadora e imediatista para fazer face ao rombo das contas públicas e à dívida impagável com a União. Só uma nova postura de governo, com foco na atração de investimentos e na modernização da infraestrutura, salvará Minas…”. E a gente espera que o governo esteja atento para isso. Só gostaria de deixar um abraço às mulheres pelo Dia Internacional da Mulher. A Record, inclusive, vai fazer algumas matérias sobre esse assunto. Então, queria deixar o nosso abraço a todas as mulheres deste nosso Brasil. Obrigado, Sr. Presidente.