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Testemunhas confirmam falta de materiais, contratos mais caros e interferência da diretoria em acordos com empresas

25/10/2021

A contratação de empresas de investigação forense, sem licitação, pela Cemig, inclusive da Kroll, que devassou computadores e a vida de servidores de carreira da estatal, foi comandada pela diretoria-jurídica da companhia. Foi o que admitiu o diretor-adjunto de compras e logística, Osias Galantine, em depoimento na CPI que investiga possíveis irregularidades praticadas desde 2019. Galantine afirmou que recebeu o documento eletrônico que referendava os contratos com as empresas já assinado pelo diretor-jurídico Eduardo Soares e que apenas deu aval à decisão. Também foi ouvido, na qualidade de testemunha, Moisés Silveira, da empreiteira Engelmig, que presta serviços à Cemig. Ele confirmou que os novos contratos elaborados pela estatal dificultam o acesso a pregões e aumentam os preços contratados. Só em 2021, a Cemig realizou mais de 20 licitações para redes de manutenção e distribuição, com taxa de fracasso de 40%. O fracasso acontece quando nenhuma empresa consegue cumprir as cláusulas estipuladas no edital.