Diretoria-jurídica da Cemig foi responsável por contratos mais caros e sem licitação

A confirmação foi dada, nesta quinta-feira (21/10), pelo diretor-adjunto de compras e logística da estatal, Osias Galantine. Ele afirmou que o diretor-jurídico da Cemig, Eduardo Soares, encaminhou ao departamento de compras o documento eletrônico para contratação de empresas de investigação forense sem licitação pública. O próprio Osias foi selecionado para o cargo que ocupa atualmente por uma consultoria, a Russel Reynolds Associates, que recebeu da Cemig 294 mil reais para realizar o processo seletivo. Osias também admitiu que já conhecia o ex-diretor-presidente da companhia energética, Cledorvino Belini, com quem havia trabalhado anteriormente no grupo Fiat. Outro depoente, Moisés Pêsso da Silveira, da empresa Engelmig, prestadora de serviços para a Cemig, avaliou que a nova forma de reajuste de contratos da companhia com fornecedores e empreiteiras é lesiva e responsável pelo fracasso de licitações públicas. Em 2021, mais de 20 licitações para redes de manutenção e distribuição foram realizadas, com taxa de fracasso em torno de 40%, de acordo com dados encaminhados à CPI. O fracasso acontece quando não há empresas interessadas pelos pregões ou que atendam às cláusulas dos editais.