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Luta contra o câncer e morte do cacique Merong pautam pronunciamentos

Deputados também usaram a tribuna do Plenário para apresentar denúncias nas áreas de meio ambiente e de saúde.

06/03/2024 - 17:45
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A luta pelo diagnóstico precoce do câncer foi um dos temas tratados no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (6/3/24), durante Reunião Ordinária. Parlamentares também abordaram a decisão judicial que tentou impedir o sepultamento do cacique Merong Kamakã Mongoió em Brumadinho (Central).

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Elismar Prado (Pros) anunciou a entrega, no próximo sábado, da “Carreta da Família” à Santa Casa de Belo Horizonte. O equipamento, segundo ele, fará busca ativa de pacientes com câncer por meio de exames como mamografia. A previsão é de 1.750 atendimentos/mês, custeados por emendas do próprio parlamentar e de seu irmão, o deputado federal Weliton Prado (Solidariedade-MG).

“O diagnóstico precoce pode salvar vidas. E esses pacientes serão encaminhados diretamente para tratamento”, reforçou Elismar Prado, enfatizando que esse trabalho já é realizado no Triângulo e está prestes a começar em Unaí (Noroeste). Ele ainda cobrou do Executivo mineiro mais investimentos na área e argumentou que o câncer já é a primeira causa de morte em 200 municípios do Estado.

Cacique "semeado"

Já a deputada Bella Gonçalves (Psol) manifestou sua revolta contra a mineradora Vale por tentar impedir na justiça o sepultamento do cacique Merong Kamakã Mongoió na aldeia onde vivia, em Brumadinho. As terras são alvo de disputa entre a Vale e os Kamakã. Merong foi encontrado morto no local na última segunda-feira (4) e, apesar da liminar favorável à Vale, foi “semeado” (expressão usada por seu povo) na manhã desta quarta.

“Trata-se de uma violação profunda de todos os direitos que podemos imaginar”, afirmou Bella Gonçalves, citando a Constituição Federal e o Código Penal. Ainda segundo ela, a ação tem como réus o próprio Merong e uma criança de 9 anos. “É uma aberração jurídica, e a juíza que concedeu essa liminar tem que ser afastada e responsabilizada”, defendeu a deputada.

Sobre o mesmo tema, o deputado Leleco Pimentel criticou a Vale e afirmou que a empresa quer o território sem a população. O deputado afirmou, ainda, ter apresentado denúncia ao Ministério Público Federal e de Minas e a órgãos de fiscalização ambiental a respeito da morte de peixes nos Rios Paraopeba e Velhas. “Pedimos apuração para saber se são derrames de mineradoras ou de indústrias químicas”, detalhou.

Leleco Pimentel tratou também de intervenção em hospital de Barbacena, pela prefeitura local. Segundo ele, trata-se de uma ação política contra um hospital particular, feita à revelia do Ministério Público.

Minas pode perder ambulâncias do Samu

Outra denúncia foi apresentada pelo deputado Cristiano Silveira (PT). Ele afirmou ter protocolado, nesta quarta (6), representação nos Tribunais de Conta do Estado e da União e também no Ministério Público para que o governo de Minas esclareça os motivos pelos quais 47 ambulâncias do Samu, doadas pela União ao Estado em novembro de 2023, permanecem paradas no Aeroporto Carlos Prates.

“A legislação prevê que os veículos sejam devolvidos se não forem utilizados em 90 dias. Minas corre o risco de perder as ambulâncias”, frisou o deputado. Segundo ele, uma das alegações do governo é a dificuldade de emplacamento. “Um serviço coordenado pelo próprio governo”, observou.

Cristiano Silveira ainda anunciou que, até o final deste mês, deverá ser divulgada nova proposta para a renegociação da dívida de Minas com a União, em esforço coordenado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Reunião Ordinária - tarde - análise de proposições

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