Os trabalhos versam sobre a transitoriedade do existir, do corpo, da terra, da natureza, da paisagem que nos cerca e a qual compomos.

Mostra coletiva reúne nove artistas visuais

Exposição “Transitórias” fica na Galeria de Arte até 26 de agosto e trata da transitoriedade do existir e do corpo.

04/08/2022 - 15:33

A exposição coletiva “Transitórias”, do Coletivo Efêmeras, apresenta trabalhos em fotografia, videoarte, performance, instalação, desenho e cerâmica, de nove artistas visuais brasileiras que vivem em Belo Horizonte. A mostra, que integra o projeto Assembleia Cultural, fica na Galeria de Arte de segunda-feira (8/8) até 26 de agosto e pode ser visitada das 8 às 18 horas. 

Os trabalhos versam sobre a transitoriedade do existir, do corpo, da terra, da natureza, da paisagem que nos cerca e a qual compomos. Tudo, a cada instante, em constante transformação, como possíveis limiares. 

O diálogo entre as obras se constrói a partir do encontro de inquietações comuns, abordadas de forma singular por cada mulher enquanto protagonista de sua própria subjetividade e vivência, e explora o transitar entre o material, o imaterial e o simbólico. 

Conheça as artistas

Anahí Poty é habilitada em Cerâmica pela Escola Guignard da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). A artista tem trabalhos em cerâmica e também explora os campos da performance, da fotografia e da videoarte. É formada em dança contemporânea pela Escola Bolshoi, em Joinville/SC, e integra a Cia de Dança do Palácio das Artes.

Cláudia Figueiredo é graduada em Artes Plásticas pela Escola Guignard e é mestre em Gestão Turística do Patrimônio Cultural pela Universidade de Barcelona. Seu trabalho traça um percurso circular e momentâneo, pendendo ao acaso e reinventando memórias, através de tessituras e desenhos, passando pela efemeridade da performance.

Dolores Orange formada em Letras na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e mestre em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estuda Artes Plásticas na Escola Guignard e suas investigações artísticas se concentram no desenho, na pintura e na fotografia. Se interessa pelo universo da violência velada presente em ambientes familiares e domésticos. Foi artista residente no Arrudas Pesquisa em Arte e é representada pela GAL Arte e Pesquisa.

Fernanda Kolos Galuppo é habilitada em Cerâmica pela Escola Guignard. Seu percurso artístico conta com, sobretudo, produções e pesquisas relacionadas ao campo da cerâmica e da ancestralidade. Atualmente vivencia residência artística em Cunha/SP, onde realiza pesquisa acerca da argila e seus métodos ancestrais de coleta, produção e queima.

Flávia Pedroni estuda Artes Plásticas na Escola Guignard e conduz sua poética por meio de retratos em pintura e fotografia, transitando entre o obscurecimento advindo do barroco e a irreverência de fontes contemporâneas. Diante de seu envolvimento na produção de moda e estamparia digital, sua narrativa envolve a reconstrução e a desconstrução de estética material, evidenciando o áureo, o ritualístico e o não visível.

Lívia Lopes estuda Artes Plásticas na Escola Guignard e é bacharel em Ciências Sociais e Relações Internacionais. A artista se interessa pelas interações humanas e fronteiras que atravessam, envolvem e separam corporalidades e existências. Transita pela fotografia, videoarte, performance e cerâmica. Integra o grupo de pesquisa PAPq/UEMG Teorias e Práticas Artísticas e tem formação complementar em Curadoria e Produção Cultural pelo Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). Assina a coautoria da curadoria da exposição Transitórias.

Mariana Hauck conta com trajetória artística marcada por experimentações no campo da fotografia, linguagem por meio da qual interage com a paisagem e experimenta a relação do seu corpo no espaço como expressão e investigação plástica. É habilitada em Fotografia pela Escola Guignard, onde participa da residência artística “Próxima Paisagem: Escola de Arte Provisória”. É graduada em Turismo.

Sarah Becker é bacharel em Artes Plásticas, habilitada em Cerâmica, pela Escola Guignard e tem formação complementar em Fotografia pela Escola de Imagem. Multiartista, trabalha com fotografia, pintura, gravura, performance e joalheria. Estuda o corpo e sua colocação no mundo, partindo sempre de seu próprio corpo e suas vivências. Busca as origens e tudo o que é ancestral para criar. A artista assina a coautoria da curadoria da exposição Transitórias.

Sara Campos estuda Artes Plásticas na Escola Guignard e se dedica à fotografia digital e à fotoperformance como possibilidade de experimentar narrativas e relações entre política e subjetividade. Sua poética e investigação trazem referências da formação e mestrado em Psicologia pela UFMG, com experiências nas temáticas da mulher, violência, relações de gênero e cultura e processos de subjetivação.