Escola especial não terá fusão de turmas, diz secretaria
Durante visita, comissão recebeu garantia de que salas não serão unificadas, conforme temor de pais e funcionários.
19/10/2018 - 16:52O chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Educação, Hércules Macedo, assegurou nesta sexta-feira (19/10/18) que não haverá este ano fusão de turmas da Escola Estadual Doutor Amaro Neves Barreto, unidade de ensino especial localizada na região do Barreiro, na Capital.
A garantia foi dada à Comissão de Defesa de Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que visitou a sede da secretaria com o objetivo de revindicar que não houvesse a unificação de turmas, diante dos prejuízos aos alunos que a medida poderia causar.
A visita foi solicitada pelo presidente da comissão, deputado Duarte Bechir (PSD), após pais e representantes da escola terem manifestado o temor com relação à educação especial em turmas maiores.
Eles participaram de reunião da comissão na última terça-feira (16), quando a diretora da escola, Maria Piedade de Oliveira, disse que a secretaria havia dado o prazo até o dia 22 de outubro deste ano para que fossem unificadas cinco turmas de alunos, que segundo ela têm deficiências múltiplas e graves.
Riscos - Na visita à secretaria, o deputado expôs ao representante da pasta que a medida afetaria drasticamente o atendimento aos alunos.
Destacou, entre outros, que o aumento do número de alunos numa mesma turma significaria impor a eles situações de insegurança e desconforto, uma vez que alguns casos são de deficiências severas.
“Há, por exemplo, casos como o de uma criança que se autoflagela, o que levou a família a extrair todos os seus dentes para protegê-la”, mencionou o deputado.
Duarte Bechir acrescentou que a fusão levada ao conhecimento da comissão implicaria reunir numa mesma sala de 10 a 14 alunos, quando seria necessário manter de quatro a seis para que todos pudessem receber a atenção demandada no ensino especial.
Secretaria descarta transtornos
O argumento da secretaria para uma possível fusão seria o número reduzido de alunos na unidade, que estaria entre 10 e 14 estudantes. O chefe de gabinete fez menção a esse ponto, mas descartou mudanças na escola.
“Ainda que possa haver uma quebra na proporção do número de alunos e professores, não haverá unificação este ano”, frisou Hércules, acrescentando que nenhuma medida que venha a colocar em risco os alunos ou causar transtornos aos familiares será adotada.
Ele ainda destacou a importância da parceria que disse haver entre a ALMG e a secretaria em prol da inclusão. “Não é nada fácil efetivar políticas públicas nessa direção”, pontuou.
Já o deputado avaliou que a garantia dada pelo Estado permitirá que os pais tenham tranquilidade nesse momento. Disse, ainda, que a comissão deverá fazer em breve uma visita também à escola.