Doutor Jean Freire disse que dá para culpar a Copasa por todos os problemas de água
João Leite levou documentos sobre outorgas de água concedidas por Suprams

Oradores – Reunião Ordinária de Plenário de 21/9/17

Crise hídrica é abordada por deputados na tribuna, mas eles divergem quanto às causas do problema.

21/09/2017 - 16:45

Jequitinhonha
Araçuaí e o Vale do Jequitinhonha
estiveram presentes na fala do deputado Doutor Jean Freire (PT), que parabenizou o povo desse município, o qual comemora 140 anos nesta quinta-feira (21). “Carregada de um movimento cultural rico e autêntico, Araçuaí é exemplo para o Vale e para Minas”, elogiou. O parlamentar também agradeceu ao governador Fernando Pimentel por prestigiar a região, referindo-se à visita que o chefe do Executivo estadual fará, nesta segunda (25), a Almenara, para inaugurar ponte que liga a cidade à BR-367. O deputado também repercutiu a audiência nesta quinta (21) que tratou da crise hídrica no Estado e rebateu fala do deputado João Leite (PSDB), o qual havia afirmado que o problema que se alastra por quase 100 municípios mineiros se deve à má gestão estadual. "Precisamos debater não só a água que falta nas torneiras, mas a água que está deixando de nascer. E aí não dá para dizer que tudo é culpa da Copasa", refletiu.

 

Gestão das águas
Na avaliação do deputado João Leite (PSDB), ao comentar a audiência sobre a falta d’água em Minas, o Governo do Estado não atua com planejamento, o que se reflete no “apagão hídrico” enfrentado. “Este governo firmou o Pacto das Águas, em 2015, prometendo apoiar os comitês de bacia, mas eles estão sem nenhum apoio”, criticou. O parlamentar estava munido de documentos sobre outorgas de água concedidas por Superintendências de Meio Ambiente (Suprams) em várias cidades de Minas, muitas com crise no abastecimento. Ele citou o exemplo crítico de Paracatu (Noroeste de Minas), onde 70% da população está sem água e a Supram concedeu outorgas na região no total de 545 mil litros por segundo para irrigação com pivô central. “Só uma dessas outorgas é quase o consumo de toda a cidade, que consome apenas 756 litros por hora”, calculou. O parlamentou anunciou que vai ingressar no Ministério Público um pedido de auditoria em todas as outorgas concedidas.

 

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