Fórum regional
A realização do Fórum Regional de Governo na cidade de Passos (Sul de Minas) na quinta-feira passada (11) foi criticada pelo deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB) em seu pronunciamento. Segundo ele, o governador Fernando Pimentel levou seu aparato de governo à cidade, mas não anunciou nenhuma realização para a região. “Dois anos e meio de administração e nada executado ou inaugurado. Estou impressionado com o quanto este governo é desqualificado”, afirmou. Ainda de acordo com Arantes, apesar de o Sul de Minas contribuir expressivamente para a economia do Estado, a unidade da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) na região sofre com a falta de recursos, as farmácias estão sem medicamentos e mesmo as pequenas cirurgias prestadas pelo SUS não estão sendo autorizadas. Em apartes, o deputado João Leite (PSDB) concordou com o colega e o deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) pediu atenção do governo em relação à rodovia MG 290, localizada no Sul de Minas.

Educação
A situação das escolas estaduais no município de Machacalis, no Vale do Mucuri, foi abordada pelo deputado João Leite (PSDB) em sua fala. Ele leu trechos de reportagem do jornal O Tempo publicada na última segunda-feira (14), citando passagens nas quais os alunos relatam levar cobertores para as salas de aula da Escola Estadual José de Alencar, uma vez que o vento gelado que entra no ambiente devido a vidraças quebradas estaria prejudicando o aprendizado dos estudantes. Em aparte, o deputado Gustavo Valadares (PSDB) reforçou que a situação da educação no Estado é precária e que os diretores de escolas estariam desesperados com a demora no repasse de recursos do governo para o caixa escolar. Também em aparte, o deputado Fabiano Tolentino (PPS) denunciou a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) por despejo irregular de esgoto no Rio Itapecerica, em Divinópolis (Centro-Oeste).

Usinas da Cemig I
Deputados estaduais e a bancada mineira na Câmara dos Deputados e no Senado estão unidos em prol da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), de acordo com o deputado Gustavo Valadares (PSDB). O parlamentar frisou que, independentemente de questões partidárias, todos estão mobilizados contra o leilão, marcado para setembro, das usinas hidrelétricas de Miranda, Jaguara e São Simão, atualmente exploradas pela Cemig, o que resultaria em inevitável aumento das contas de luz para os consumidores. O deputado relatou que, em reunião com o presidente Michel Temer, os senadores mineiros teriam feito uma contraproposta, no valor de R$ 9 bilhões, para que a concessão dessas usinas permanecesse com a Cemig. O leilão teria por objetivo arrecadar cerca de R$ 15 bilhões para a diminuição do déficit federal. “Se o governo aceitar, todos serão beneficiados, especialmente o povo mineiro”. Valadares criticou, ainda, Medida Provisória da ex-presidente Dilma Rousseff que, no seu entender, deu origem ao problema.

Usinas da Cemig II
Não é a primeira vez que lideranças mineiras se unem em prol da Cemig, de acordo com o deputado André Quintão (PT). O parlamentar reforçou que defender a companhia é estar do lado dos interesses dos consumidores e de todos os mineiros. “Na gestão do ex-presidente Itamar Franco, muitas lideranças de diversos partidos abraçaram essa bandeira. Quem bom que senadores e demais parlamentares do PSDB estão do nosso lado. A vitória é do cidadão, não do partido A, B ou C”, frisou. Sobre o Fórum Regional de Governo realizado em Passos (Sul de Minas), o deputado refutou que o governador não tenha anunciado conquistas para a região, citando ações do governo nas áreas de educação, infraestrutura e transportes que foram relatadas na ocasião, iniciativas oriundas de demandas apresentadas em fóruns anteriores. “Essa é uma forma inovadora de governar, junto à população. Deveríamos fortalecê-la, pois está sendo bem-sucedida. Mas sei que nem todo mundo gosta desse método”, pontuou Quintão.

Barragens
O Projeto de Lei 3.312/16, de autoria do governador e que institui a Política Estadual dos Atingidos por Barragens, foi criticado pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT). O parlamentar afirmou que é o autor do projeto mais antigo sobre o tema na atual legislatura, tendo em vista que, em 2015, ele desarquivou o PL 2.528/15, o qual dispõe sobre a assistência social às populações de áreas inundadas por reservatórios. Ainda assim, o projeto do governador teve precedência sobre o do deputado, o que, na opinião de Rodrigues, não se justifica nem pela matéria ser de iniciativa privativa do governador nem por conter conteúdo de responsabilidade do Executivo. “Meu projeto mofou na Comissão de Constituição e Justiça por dois anos, e agora acontece isso. Por que minha proposição foi anexada à dele? Já temos uma faixa muito estreia para legislar; essa aberração tem de ser desfeita. Os legisladores genuínos somos nós, não o governador”, salientou o deputado.

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.