O memorial é um museu virtual multimídia criado com o objetivo de resgatar a história das lutas brasileiras pela democracia, pela igualdade e pela justiça social

Memorial da Democracia é lançado em Belo Horizonte

Evento, realizado na noite desta segunda (10), contou com a presença do ex-presidente Lula e do presidente da ALMG.

10/07/2017 - 23:39

A segunda fase do Memorial da Democracia foi lançada na noite desta segunda-feira (10/7/17), no Grande Teatro do Palácio das Artes, em Belo Horizonte. O museu virtual multimídia é uma parceria entre o Instituto Lula e o Projeto República, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A solenidade contou com as presenças do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do governador do Estado, Fernando Pimentel; e do presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes (PMDB). Também acompanharam o lançamento prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, reitores, representantes de movimentos sociais e sindicais, trabalhadores e estudantes.

O ex-presidente Lula destacou que, no início, o memorial foi pensado para ser um espaço físico, localizado em São Paulo. Contudo, entraves com o Ministério Público fizeram os organizadores a mudar de planos. De acordo com Lula, o objetivo do museu virtual é fazer uma provocação aos brasileiros: o que é a democracia?

Lula comentou a crise pela qual passa o Brasil e lembrou que a única via para se sair desse momento de instabilidade e incertezas é a política. Ele elogiou o presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes, ao afirmar que ele é quem dá o suporte necessário para que o Estado tenha governabilidade.

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, salientou que o Memorial da Democracia mantém vivo o significado da história do povo brasileiro.

Navegação - Coordenador da iniciativa, o jornalista Franklin Martins mostrou que o museu é composto por dois grandes grupos: uma linha do tempo, que apresenta os episódios históricos, como o período Vargas e a ditadura militar; e extras, que aprofundam alguns dos temas.

Em vídeo gravado para a solenidade, a integrante do Projeto República da UFMG, Heloísa Starling, salientou que os módulos disponíveis na segunda fase do projeto abrangem quatro períodos históricos: 1930-1945: Um projeto de país (mas sem democracia); 1945-1864: Democracia de massas; 1964-1985: 21 anos de resistência e luta; 1985-2002: Reconstruindo a democracia.  

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, afirmou que o museu foi elaborado a partir do ponto de vista dos trabalhadores e que essa visada também contribui para a construção da identidade brasileira.

Educação - Na opinião da secretária de Estado de Educação de Minas Gerais, Macaé Evaristo, o memorial democratiza o acesso à informação no País por se propor a dialogar com diferentes públicos.

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Mariana Dias, ressaltou que a iniciativa valoriza a luta do movimento estudantil e mostra alguns dos heróis que não aparecem nos livros que estudamos nas escolas.

O museu – O Memorial da Democracia, que pode ser acessado por computadores, tablets e celulares, tem proposta multimídia: oferece textos, fotos, charges, desenhos, cartazes, panfletos e documentos, reproduções de notícias da imprensa, exemplares virtuais de jornais, áudios com trechos de canções e discursos e segmentos de filmes e vídeos.

O portal pretende oferecer, ainda, conteúdos de outras épocas e temas, como a República Velha, o Império e os movimentos republicanos, as lutas contra a escravidão, as revoltas e conjurações pela independência, a resistência dos índios por sua terra, liberdade e cultura e os primeiros tempos do Brasil-Colônia.

Parte do conteúdo foi elaborado em linguagem mais leve e lúdica, com o objetivo de dialogar com os jovens. O memorial tem conteúdo em português e espanhol e uma versão em inglês está sendo preparada.