Sargento Rodrigues cobrou abertura de CPI sobre o Mineirão
João Leite citou imóveis que estariam nos anexos do Projeto de Lei 4.135/17
Paulo Guedes falou sobre as denúncias que envolvem o senador afastado Aécio Neves

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário - 23/5/17

Delação premiada de dono da JBS, projeto dos fundos e alvarás judiciais são temas dos pronunciamentos dos deputados.

23/05/2017 - 18:00

CPI
O deputado Sargento Rodrigues (PDT) cobrou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na ALMG. O parlamentar citou reportagem veiculada pela Rede Globo, que traz denúncia do empresário Joesley Batista, proprietário da JBS, que declarou em delação premiada que o estádio Mineirão foi usado para repassar R$ 30 milhões ao governador Fernando Pimentel, em 2014. Batista falou que foi orientado pelo político a comprar 3% das ações do estádio da HAP Engenharia, integrante do consórcio Minas Arena. A CPI sugerida pelo parlamentar teria como objetivo a apuração dessas denúncias. Em aparte, o deputado Fabiano Tolentino (PPS) lembrou o processo de abertura da CPI do Mineirão, que não aconteceu. “Está na hora de averiguar. Terá o meu apoio”, completou. Sargento Rodrigues disse que corrupção não deve escolher "coloração partidária". "A punição rigorosa na forma da lei deve ser a todos”, encerrou. 

Projeto dos fundos
O deputado João Leite (PSDB) voltou a protestar contra o Projeto de Lei (PL) 4.135/17, do governador, para a criação de seis fundos estaduais de incentivo e financiamento de investimentos. O deputado citou imóveis que, segundo ele, estariam nos anexos do projeto, dentre eles, um hospital regional em Governador Valadares, faltando apenas 20% para ser concluído. “Várias estações de trem estão nesta lista também. Estamos vendo a dilapidação do patrimônio ferroviário do Estado sem autorização nem do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico, nem dos municípios. Estamos vendo a história do Estado ser apagada”, completou. “Também são tempos terríveis para o servidor público no Estado, com o parcelamento dos salários”, acrescentou. O parlamentar criticou ainda o não pagamento de alvarás judiciais pelo Banco do Brasil. “Pimentel meteu a mão nos depósitos judiciais, dinheiro que ia para as pensões alimentícias, para os incapazes”, acusou.
 

Propina
O deputado Paulo Guedes (PT) declarou ter ouvido atentamente a fala dos dois deputados que o antecederam, manifestando na sequência seu espanto por nenhum deles ter citado o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), acusado em gravação pelo empresário Joesley Batista de ter pedido propina de R$ 2 milhões, além de enfrentar acusações em delações da Odebrecht, na Operação Lava Jato. “Eles falam de CPI, esquecendo do que está acontecendo com o País neste momento, os acordos horríveis, os conchavos feitos por Aécio e por Zezé Perrella para derrubar Dilma e instalar o caos”, protestou. De acordo com o deputado, seus colegas, ao se esqueceram desses fatos, reforçam que as acusações contra o senador são “fato concreto”, e não apenas “citações em delação”. “Impressiona o que os golpistas foram capazes de fazer para derrubar um governo legítimo e aprovar pautas contra os trabalhadores”, finalizou.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.