Reforma da Previdência
O deputado Rogério Correia (PT) citou reportagens da BBC e de O Globo que criticam a proposta de reforma da Previdência no Brasil ao compará-la aos efeitos daquela feita no início da década de 1980, no Chile. Naquele país, segundo os dados citados pelo parlamentar, após 35 anos os aposentados foram reduzidos à situação de mendicância, já que recebem o equivalente a meio salário-mínimo chileno. As reportagens lembram que a proposta somente obteve sucesso por ter sido implementada durante o período da ditadura chilena. “Só um ditador faz uma coisa dessa. Só se pode fazer isso após um golpe como o que o Temer fez”, afirma. Segundo Rogério Correia, o segundo momento deste golpe já está em curso, com o objetivo de acabar com o que representa o ex-presidente Lula, candidato à Presidência em 2018, por meio de acusações infundadas. “O novo golpe agora é não permitir que o Brasil tenha eleições democráticas”, denunciou.

Estradas
O deputado Carlos Pimenta (PDT) lembrou demanda apresentada por lideranças regionais do Norte de Minas ao cobrar melhorias nas estradas mineiras. É o caso, segundo ele, da BR-251, que liga Montes Claros à BR-116 (Rio-Bahia), trecho de aproximadamente 260 quilômetros por onde passa grande volume de cargas oriundas de todo o Sudeste brasileiro. A situação mais precária seria entre Montes Claros e Francisco Sá, com 45 quilômetros praticamente intransitáveis. Já um trecho de serra após Francisco Sá, também precário e onde seria necessária duplicação, é um dos que mais registram mortes no Brasil. Na outra ponta, segundo o deputado, o governo federal liberou recursos apenas para obras paliativas, e em apenas 100 quilômetros. “O governo federal não sabe o que é prioridade”, afirma, ao criticar a proposta de reformas trabalhista e da Previdência, que penalizam o trabalhar, e lembrar a necessidade também de investimentos na saúde e na segurança pública.

Incineração
O deputado André Quintão (PT) criticou projeto de lei em tramitação na ALMG que permite a volta da incineração de resíduos sólidos, tema de audiência da Comissão de Meio Ambiente nesta quarta (17), data em que se comemora Dia Mundial da Reciclagem. Segundo o parlamentar, a proposta é um retrocesso, pois tenta revogar a Política Estadual de Resíduos Sólidos, oriunda de projeto de sua autoria. A incineração, de acordo com André Quintão, beneficiaria apenas empresas em detrimento da reciclagem, que garante a sobrevivência de um milhão de pessoas no País. “Lutarei com todas as minhas forças contra esse projeto perverso”, afirma. O parlamentar ainda lembrou o Dia do Assistente Social, comemorado na última segunda (15). Em aparte, Arlen Santiago (PTB) lembrou a importância de mobilização comandada por dois juízes de Manga (Norte de Minas) pela construção de ponte sobre o Rio São Francisco. Lideranças da região lembram promessa feita, ainda em 2015, pelo governador.

Norte de Minas
O deputado Arlen Santiago deu seu apoio a uma lista de reivindicações apresentadas por lideranças do Norte de Minas, entre elas a construção de ponte sobre o Rio São Francisco, citada em aparte a pronunciamento anterior. "É uma obra complexa, cara, e já se passaram dois anos sem que soubéssemos quando começará a construção. O governador não precisava prometer, mas já que prometeu terá que cumprir", afirmou. Outra demanda reforçada pelo deputado é o asfaltamento de estrada que liga dois distritos de Manga a BR-135. Ele elogiou o asfaltamento, por iniciativa do governo federal, de estrada que melhora o acesso à Montalvânia, na mesma região, e anunciou a iminente desapropriação de terreno que permitirá ligar a mesma rodovia à malha rodoviária da Bahia. O deputado criticou ainda o PL 4.092/17, do governador, que apesar de tratar de cotas e assistência estudantil, não prevê a construção de moradias nas universidades estaduais.

Lula
O deputado Cristiano Silveira (PT) lembrou depoimento de Lula ao juiz federal Sérgio Moro, marcado, segundo ele, por uma tentativa infrutífera de imputar ao ex-presidente crimes que ele não cometeu. “Foi bastante aguardado, como uma luta de UFC, só que em um dos lados estava um competidor e o juiz”, ironizou. Na opinião do parlamentar, Lula refutou de maneira convicta as indagações do magistrado, que fez diversas perguntas não pertinentes ao processo. “O juiz tentou estabelecer um clima de criminalização da oitiva. Usou até documentos sem assinatura”, lembrou. “Se fosse o contrário, e Lula fosse até o juiz reclamar a posse do triplex, a primeira coisa que lhe seria pedida era os documentos assinados”, completou. O parlamentar apontou ainda a parcialidade da cobertura do episódio feita pelos grandes veículos de comunicação. Também criticou os abusos cometidos em nome da delação premiada. “Ela só tem validade se os nomes de Lula e Dilma forem citados”, denunciou.

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.