Uberlândia
Críticas à administração do petista Gilmar Machado, à frente da Prefeitura de Uberlândia entre 2013 e 2016, foram feitas pelo deputado Arnaldo Silva (PR). Segundo o parlamentar, o prefeito Odelmo Carneiro encontrou a cidade num caos administrativo e financeiro, com dívidas de R$ 60 milhões com pessoal, R$ 26 milhões na saúde e R$ 100 milhões com fornecedores. Outro problema enfrentado foi a dívida com o instituto de previdência municipal, de cerca de R$ 160 milhões. “Isso mostra irresponsabilidade na gestão da segunda maior cidade do Estado”, lamentou Arnaldo Silva, que propôs alterações na legislação para evitar essas situações. Em aparte, o deputado Felipe Attiê (PTB) acrescentou que governos petistas, como de Uberlândia e do Estado, têm feito péssimas administrações. Em outro aparte, a deputada Marília Campos (PT) disse que não se pode generalizar, tanto que ela foi prefeita de Contagem (RMBH) e bem avaliada pela população.

Governador Valadares
Lamentável foi o adjetivo usado pelo deputado Bonifácio Mourão (PSDB) para comentar a volta à estaca zero dos editais para duplicação da BR-381, divulgada pelo jornal Estado de Minas. Ele ressaltou que vai procurar o ministro dos Transportes para pedir que os novos projetos contemplem a duplicação até Governador Valadares (Vale do Rio Doce), uma vez que os atuais preveem só até Belo Oriente, na mesma região. “Se for mantido como está, o transporte das três grandes BRs que passam em Valadares, 259, 381 e 116, ficará prejudicado”, alertou. Outro problema citado foi a paralisação das obras do Hospital Regional de Valadares, que beneficiaria 86 municípios da região, de acordo com o parlamentar. Em aparte, Felipe Attiê rebateu Marília Campos quanto às gestões petistas, afirmando que não generaliza, e que considerou desastrosas as administrações de Uberlândia e do Estado, não podendo opinar sobre Contagem, por desconhecer o que foi feito nessa cidade.

Reforma da Previdência
Tratando da reforma da Previdência, o deputado André Quintão (PT) reforçou que “a proposta fere direitos e prejudica setores fragilizados da população, como mulheres, trabalhadores rurais e pessoas pobres”. Ele criticou a ideia do governo federal de transferir para estados e municípios a responsabilidade pela reforma. “É um movimento divisionista que não vai atenuar as maldades da PEC da previdência”, atacou ele, considerando que a proposta tenta fugir da mobilização nacional contra a reforma, obtendo sua aprovação por outras vias. Além disso, afirmou André Quintão, o governo federal vai apresentar aos estados opções de renegociação de dívidas, mas exigindo condicionantes. Em aparte, o deputado Geraldo Pimenta (PCdoB) criticou o projeto da terceirização da mão de obra, considerando-o “outro golpe contra os brasileiros”. Já Marília Campos opinou que, por trás da reforma, está uma proposta de privatização da previdência.

Obras contra seca
Projetos para atender Norte de Minas e os Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce foram destacados pelo deputado Paulo Guedes (PT). Agradecendo o apoio do governador Pimentel, ele anunciou que serão entregues este ano mais de 43 mil cisternas a famílias dessas regiões. “Dilma assinou os convênios e graças às contrapartidas do Governo de Minas, estamos conseguindo mudar a vida de muitas famílias”, disse Paulo Guedes, acrescentando que mais de R$ 200 milhões foram investidos. Outra obra importante, conforme o parlamentar, foi a perfuração de mais de mil poços artesianos, entregues equipados, com caixa d'água e tubulação. O parlamentar também citou a construção da Barragem de Viamão, em Mato Verde (Norte de Minas), com investimentos de R$ 57 milhões. Em aparte, o deputado Carlos Pimenta (PDT) elogiou a atuação de Paulo Guedes em prol da região, especialmente em Mato Verde, que vinha sendo abastecida totalmente por caminhões-pipa.

Usiminas
O deputado Felipe Attiê abordou a crise na Usiminas, que iniciou suas operações em 1962, em Ipatinga (Vale do Aço), numa parceria entre os governos federal e estadual de Minas e o grupo japonês Nipon Steel. De acordo com Attiê, em virtude da crise, a Usiminas demitiu desde 2015 41 mil trabalhadores. A empresa também enfrenta um grave problema de governança, segundo o deputado, pois a sua gestão foi judicializada. Atualmente, a siderúrgica tem participação acionária dos japoneses originais e ainda, de italianos e argentinos, e os três grupos não se entendem. O parlamentar fez um apelo pela busca de um acordo: “Justiça não é caminho para a empresa prosperar, e sim, para quebrar. Não podemos continuar nesse embate. O entendimento se faz necessário para preservar o patrimônio dos mineiros e brasileiros”, concluiu. Ele fez o pronunciamento utilizando o espaço que seria do deputado João Leite (PSDB), que cedeu seu lugar ao colega.

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.