Doutor Wilson Batista frisou que o papel do Legislativo é defender os direitos da população por meio de leis
Carlos Pimenta pediu o aumento de verbas para procedimentos de diálise no Estado
Bonifácio Mourão apresentou números sobre investimentos de administrações do PSDB em Minas
Doutor Jean Freire pretende solicitar audiência para avaliar a atuação da Funed desde 2005
Paulo Guedes declarou que o atual governo já cortou mais de 4 mil cargos comissionados

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 22/2/17

Deputados pediram, da tribuna, mais recursos para a saúde. Oposição e situação defenderam seus respectivos governos.

22/02/2017 - 17:41 - Atualizado em 23/02/2017 - 11:45

Saúde I
O deputado Doutor Wilson Batista (PSD) iniciou seu discurso criticando as discussões entre oposição e situação sobre o desempenho dos governos passado e atual. Segundo ele, nenhum governo é formado por "santos nesse descalabro" que é a política brasileira. Por isso, destacou que o papel do Legislativo não é o de fazer discursos agressivos, mas o de defender os direitos da população, formulando leis que atendam a seus interesses. Citou algumas leis de sua autoria, ligadas às políticas de saúde, como a que dispõe sobre a necessidade de antecipação de exames para o diagnóstico precoce de câncer e a que propõe melhoria das condições de mamografia no Estado. Ele lamentou que 60% dos diagnósticos de câncer sejam liberados com a doença em estado avançado e que um terço dos mamógrafos em Minas estejam inoperantes. Em aparte, recebeu o apoio do deputado Carlos Pimenta (PDT), que cobrou mais investimentos do Governo do Estado na área de saúde.

 

Saúde II
Carlos Pimenta comunicou que terá audiência com o ministro da Saúde nesta quinta-feira (23), em Brasília, junto com 20 prefeitos do Norte de Minas. O grupo vai solicitar mais recursos para a saúde na região, onde o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estaria sucateado, com 16 ambulâncias paralisadas por falta de manutenção. “Corremos o risco de um colapso”, denunciou. O deputado contou que vão solicitar mais recursos para a retomada de cirurgias de cataratas e acrescentou que o secretário de Estado de Saúde, Sávio Souza Cruz, prometeu que o governador vai contemplar Montes Claros com quatro novas ambulâncias. Reivindicou também o aumento de verbas para procedimentos de diálise. “Hoje, pacientes da região viajam até 300 quilômetros para serem atendidos”. Em aparte, Léo Portela (PRB) questionou por que a superlotação nos presídios causa tanto impacto e não ocorre o mesmo nos hospitais.

 

Governos anteriores
O deputado Bonifácio Mourão (PSDB) defendeu com entusiasmo os governos de Aécio Neves e Antonio Anastasia, apresentando números que atestariam investimentos das administrações de seu partido em todas as áreas, entre 2002 e 2013. Na área de saúde, afirmou ter havido redução da mortalidade infantil; em educação, a taxa de analfabetismo teria caído de 11% para 7% e, em 2011, 99% das crianças mineiras estavam matriculadas na escola. A área de segurança teria registrado, no período, uma queda de 33% na criminalidade e a de infraestrutura urbana foi favorecida pelo programa Pró Acesso, que asfaltou 230 municípios. “Houve um aumento de 13 mil para 20 mil quilômetros de estradas pavimentadas, 52% a mais”, declarou. Entre outros aspectos, apontou também investimentos em saneamento, afirmando que mais de um milhão de novos domicílios mineiros teriam sido contemplados com rede de água e esgoto. Ele explicou que os dados são de órgãos federais, como o IBGE.

 

Comparações I
O deputado Doutor Jean Freire (PT) criticou a repetição dos discursos dos colegas de oposição, em que fazem críticas ao governo Fernando Pimentel. Ele referiu-se especialmente ao deputado Bonifácio Mourão, que relacionou números positivos dos governos de Aécio Neves e Antonio Anastasia. “O deputado disse que a oposição está perdendo a paciência. Acho que, às vezes, quem perde a paciência é quem liga a TV Assembleia para nos assistir”, afirmou. O parlamentar recomendou à oposição que visite os órgãos do Estado e ouça as pessoas para verificar de fato o que pensam. Segundo ele, os parlamentares oposicionistas vêm usando a febre amarela para alarmar excessivamente a população. Ele também defendeu a direção da Fundação Ezequiel Dias (Funed) de críticas à atual gestão e declarou que pretende solicitar audiência pública para avaliar a atuação da empresa desde 2005, não apenas nos últimos dois anos.

 

Comparações II
O deputado Paulo Guedes (PT) acusou a oposição de buscar culpados para justificar o que os governos de Aécio Neves e Antonio Anastasia deixaram de fazer. Ele afirmou que o Tribunal de Contas do Estado registrou que os governos do PSDB deixaram de aplicar R$ 7,6 bilhões na educação e mais de R$ 4 bilhões na saúde. Paulo Guedes citou outras acusações contra Aécio Neves. “Está em todas as delações que 3% do dinheiro para a construção da Cidade Administrativa foi para o bolso de Aécio”, afirmou. Ele acrescentou que o atual governo já cortou mais de 4 mil cargos comissionados. Em aparte, o deputado Antônio Jorge (PPS) destacou que a regulamentação dos gastos da saúde só aconteceu em 2012 e que os R$ 4 bilhões citados por Paulo Guedes se referem a recursos aplicados em saneamento, que na época podiam ser registrados como gastos em saúde. “Não houve desvio”, ressaltou Antônio Jorge, que foi secretário de Saúde nos governos do PSDB.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.