Emidinho Madeira acredita que a importação de café pode afetar o tipo arábica, prejudicando Minas Gerais
João Leite culpou o Executivo estadual pelo surto de febre amarela
Sargento Rodrigues falou sobre o valor que o Estado vai destinar a propagandas
Antônio Jorge criticou reportagem sobre a produção de medicamentos biológicos pela Funed
Cristiano Silveira cobrou que o Senado faça valer o que o Supremo definiu sobre a Lei Kandir

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 21/2/17

Importação de café, Funed e a administração do governador Fernando Pimentel são temas de discursos no Plenário.

21/02/2017 - 17:25 - Atualizado em 23/02/2017 - 11:44

Café
A importação de café pelo Brasil foi criticada pelo deputado Emidinho Madeira (PSB), que salientou o prejuízo para os produtores e para a economia do País. “São 1 milhão de sacas! Vamos gerar empregos no Vietnã, enquanto temos 15 milhões desempregados no Brasil”, comparou. A medida, de acordo com o parlamentar, atinge, sobretudo, Espírito Santo e Rondônia, estados produtores da variedade importada. “Mas o mesmo pode acontecer, depois, com o café arábica, prejudicando Minas Gerais. Temos que impedir isso”, alertou. O deputado lembrou que os produtores do Sul de Minas movimentam a economia, geram empregos e também se unem para outras causas, como a fundação, há 11 anos, e a manutenção do Hospital Regional do Câncer da Santa Casa de Passos. “São R$ 5 milhões por ano em campanhas”, apontou. Em aparte, Duarte Bechir (PSD) destacou que as santas casas de Minas precisam de mais apoio do governo e classificou como absurda a importação do café.

 

Gestão
O deputado João Leite (PSDB) criticou o governador por medidas adotadas nas áreas de segurança e de saúde. Segundo o parlamentar, apesar da necessidade urgente de novas viaturas, municípios do interior só têm recebido os veículos quando há compatibilidade com a agenda de Fernando Pimentel, para que as entregas possam ser politizadas, em cerimônias para as quais só são convidados apoiadores da gestão petista. João Leite também culpou o Executivo pelo surto de febre amarela no Estado. Conforme informou, caixas com vacinas ainda dentro da validade foram encontradas no lixo na Capital. Em aparte, Rosângela Reis (Pros) também se mostrou preocupada com o desperdício de vacinas. Também em apartes, Léo Portela (PRB) lembrou que é comemorado nesta terça (21) o Dia Nacional do Imigrante Italiano e Bonifácio Mourão (PSDB) afirmou que o Supremo Tribunal Federal deve rejeitar, no dia 2 de março, a necessidade de autorização legislativa para que o governador seja processado.

 

Críticas
O deputado Sargento Rodrigues (PDT) voltou a criticar a administração do governador Fernando Pimentel. Ele falou que, apesar da alegação de calamidade financeira e do parcelamento dos salários dos servidores, o Estado teria nomeado 1.867 pessoas em cargos comissionados no último mês de janeiro. “É gente sem formação, sem preparo; cargos para abrigar companheiros do PT”, afirmou. O deputado também citou a destinação, no Orçamento, de R$ 100 milhões para propaganda neste ano, o que, na sua opinião, é uma forma de controle da imprensa. Na área da segurança, Sargento Rodrigues enfatizou que o “show de entrega de viaturas policiais” que vem sendo feito pelo governador não condiz com a rubrica de investimento e custeio, que está caindo. Bonifácio Mourão aparteou o colega e afirmou que a nomeação para cargos comissionados é irresponsável, por comprometer ainda mais a capacidade de endividamento do Estado, que precisa renegociar sua dívida com a União.

 

Funed
A gestão da Fundação Ezequiel Dias (Funed) foi o tema abordado pelo deputado Antônio Jorge (PPS). Ele lembrou que a instituição está sem presidente há 11 meses e criticou o fato de a médica Cármen Lúcia Soares, vice-presidente da fundação, ocupar o cargo, segundo ele, somente por ser partidária do PT. Antônio Jorge rebateu reportagem do jornal O Tempo a qual afirma que uma fábrica de medicamentos biológicos da Funed, idealizada pelo ex-governador Aécio Neves, não poderá produzir, apesar de R$ 80 milhões investidos na sua construção. O deputado relatou que a unidade foi entregue 90% concluída ao atual governo, que decidiu interromper todo o projeto. O parlamentar também questionou a informação de que a fábrica teria causado prejuízo. Ele disse que, com um acordo de transferência de tecnologia assinado com o laboratório Novartis do Brasil, a fundação, por meio da unidade, trouxe mais de R$ 300 milhões para o caixa do Estado.

 

Crise
A defesa do Executivo foi feita pelo deputado Cristiano Silveira (PT), que lembrou os efeitos da crise econômica e do que chamou de “herança maldita” da gestão anterior. Como exemplo, ele citou que havia 4 mil viaturas paradas por falta de manutenção. “Parece que, antes, tudo estava perfeito. Se fosse assim, o povo mineiro teria mantido aquele grupo no poder”, resumiu. Sobre as verbas para publicidade, Cristiano Silveira afirmou que o ex-governador Aécio Neves não apenas usava os recursos, mas perseguia e ameaçava jornalistas. “E quem vem aqui dizer que Minas tem que fazer ajustes fiscais deveria pedir à bancada de seu partido no Senado para fazer valer o que o Supremo definiu sobre a Lei Kandir. Minas tem direito a receber e se tornaria credora da União”, acrescentou. O deputado mencionou, ainda, o Dia Nacional do Imigrante Italiano e a fundação, no último final de semana, da cooperativa Terra Viva, que reúne produtores rurais assentados na RMBH.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.