Para André Quintão, a agenda da ALMG deve estar conectada aos anseios dos cidadãos
Agostinho Patrus Filho parabenizou os deputados que tomaram posse na ALMG
Rogério Correia abordou a nomeação de 2,5 mil professores aprovados em concurso de 2011
Emidinho Madeira teceu críticas às disputas partidárias que acontecem no Parlamento
Coronel Piccinini agradeceu aos eleitores que votaram nele nas eleições de 2014
João Leite apresentou dados que mostram a redução de investimentos do governo na segurança pública

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 1º/2/17

Deputados abordaram temas como o cenário político atual, o desenvolvimento do agronegócio e a segurança pública em MG.

01/02/2017 - 20:37 - Atualizado em 02/02/2017 - 10:45

Crise econômica
O deputado André Quintão (PT) fez uma reflexão sobre os desafios a serem enfrentados pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em 2017. Na sua opinião, o Parlamento mineiro deve aprofundar o debate sobre as questões que afligem a população neste momento, que ele classificou como crítico. André Quintão reconheceu a importância de se equacionar o déficit público durante esse período de crise econômica, mas ponderou que a conta não pode recair sobre as pessoas menos favorecidas. O parlamentar também comentou a reforma trabalhista planejada pelo governo federal. Ele ressaltou que direitos conquistados não podem ser colocados em risco e destacou que as reformas política e tributária deveriam ser prioritárias. Como exemplo do que deve ser revisto, André Quintão citou a política de desoneração e incentivos a setores da economia. Por fim, o deputado salientou que a agenda do Parlamento deve estar conectada aos anseios da população.

 

Posse
O deputado Agostinho Patrus Filho (PV) iniciou seu pronunciamento destacando três fatos ocorridos durante o recesso parlamentar: a eleição do prefeito de Guarani (Zona da Mata), Paulo Neves, para a presidência da Associação dos Municípios da Micro Região do Vale do Paraibuna (Ampar); o falecimento de Cláudio Valentim, ex-vereador de Espera Feliz (Zona da Mata); e a morte de Daly Batista, ex-presidente da Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur). Patrus Filho também felicitou o deputado Gustavo Santana (PR), empossado em dezembro do ano passado, e os deputados Coronel Piccinini (PSB) e Tony Carlos (PMDB), que tomaram posse ontem. O parlamentar ainda parabenizou os novos membros da Mesa da ALMG e o deputado Hely Tarqüínio (PV), novo ouvidor-geral da ALMG. Em aparte, Antonio Carlos Arantes (PSDB) destacou a presença na Assembleia da nova diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando.

 

Política
O deputado Rogério Correia (PT) abordou o descrédito da população em relação à política. No seu entender, esse questionamento é um erro, uma vez que é por meio da política que a democracia pode ser aperfeiçoada e, sem ela, a força do poder econômico passa a reger a sociedade. O parlamentar admitiu a necessidade de uma reforma política, para que o Parlamento seja de fato o retrato da população. Rogério Correia também informou que, como 1º-secretário da ALMG, vai defender o incremento da participação popular na Assembleia. Outro assunto comentado pelo deputado foi a nomeação, durante o recesso parlamentar, de 2,5 mil professores aprovados em concurso da Secretaria de Estado de Educação, realizado em 2011. Segundo Rogério Correia, o Executivo estadual chegou a 40 mil nomeações para a educação. Ainda de acordo com o deputado, também serão nomeados professores aprovados em concurso de 2014. 

 

Agronegócio
O deputado Emidinho Madeira (PSB) criticou a falta de incentivo do poder público ao agronegócio, tanto no Estado quanto no País. Ele lembrou a importância do produtor rural para a balança comercial e até mesmo para o desenvolvimento de políticas públicas ligadas a outras áreas, devido ao poderio econômico e à capacidade de mobilização do setor. Como exemplo, o deputado citou a construção do Hospital Regional do Câncer em Passos (Sul de Minas), que teria contado com R$ 7 milhões arrecadados em leilões de agropecuária. Emidinho Madeira também criticou a partidarização das discussões na ALMG. “A briga partidária afunda partidos e políticos. Os parlamentares precisam de união para atuar em benefício do Estado”, pontuou. Em apartes, os deputados Leonídio Bouças (PMDB) e Antônio Lerin (PSB) concordaram com o colega sobre a importância do agronegócio para o País. “É o único setor no qual o Brasil investiu e deu certo”, afirmou Leonídio Bouças.

 

Novo deputado
O deputado Coronel Piccinini (PSB), que tomou posse nesta quarta (1º), usou a tribuna da Assembleia para felicitar os integrantes da nova Mesa, também empossada no mesmo dia, em Reunião Especial de Plenário. Ele também destacou o trabalho de seus colegas nesta legislatura. Coronel Piccinini aproveitou o pronunciamento para manifestar gratidão a todos os eleitores que votaram nele nas eleições de 2014 para o Parlamento mineiro. O deputado disse que, durante o exercício de seu mandato, não vai medir esforços em ações voltadas ao desenvolvimento da segurança pública no Estado. “É um momento muto gratificante para mim, estarei sempre junto com todos, em prol de uma sociedade mineira melhor e mais coerente”, salientou.

 

 

 

Segurança pública
O deputado João Leite (PSDB) afirmou que o setor de segurança pública está abandonado em Minas Gerais. Para corroborar seu posicionamento, ele apresentou dados que apontam a redução de investimentos do governo estadual no sistema penitenciário e na Polícia Militar (PM). Segundo o parlamentar, foram investidos R$ 42 milhões no sistema prisional em 2014, frente a R$ 2 milhões liberados em 2016. Na PM, ainda de acordo com João Leite, os recursos destinados à corporação foram de R$ 36 milhões, em 2014, para R$ 10 milhões, em 2016. “Esse governo é totalmente incompetente”, criticou. Em aparte, Léo Portela (PRB) também censurou o governador pela edição de decreto que autoriza o uso de nome social em todas as instâncias do Estado. Para o parlamentar, com essa medida, o governo está impondo a chamada "ideologia de gênero" à população. Também em aparte, Felipe Attiê (PTB) criticou o Executivo por falhas em um software, que prejudicaram a designação de profissionais para a educação.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.