Reunião Especial de Plenário foi realizada nesta segunda-feira (24)

Madrinhas do Outubro Rosa são homenageadas na ALMG

Mulheres se destacam pelo apoio à causa da prevenção, acesso e tratamento do câncer de mama.

25/10/2016 - 10:55

Como parte das atividades relacionadas à campanha Outubro Rosa, movimento internacional de conscientização sobre o câncer de mama, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) promoveu, na noite desta segunda-feira (24/10/16), uma Reunião Especial de Plenário em homenagem às madrinhas do movimento.

Elas se destacam pelo apoio à causa da prevenção e do tratamento do câncer de mama. O requerimento para a solenidade foi do deputado Antônio Jorge (PPS).

Em seu discurso, o parlamentar alertou que o câncer de mama continua sendo o que mais mata as mulheres. “Neste ano, ele vai vitimar mais de 60 mil mulheres brasileiras. Aqui, em Minas Gerais, teremos uma incidência projetada de 5 mil a 5.500 novos casos de câncer de mama”, disse. “São muitos os desafios para que mudemos esse panorama da alta mortalidade, do drama que se instala e das dificuldades de acesso”, completou Antônio Jorge.

Ele ressaltou as ações feitas pelo Governo Estadual quando esteve à frente da pasta da Saúde, entre elas o alargamento da faixa do rastreio do câncer de mama para as mulheres entre 40 e 69 anos. Disse que um dos grandes desafios é que muitas mulheres chegam em fase tardia ao tratamento.

“O câncer de mama é uma doença que, diagnosticada precocemente, tem mais de 90% de oportunidade de cura com tratamento correto. Infelizmente, em nossa realidade, a imensa maioria das mulheres chegava nos serviços públicos em estágio 3 ou 4, em que a perspectiva de cura é um caminho muito mais difícil e tortuoso”, ponderou.

O parlamentar acrescentou ainda que o Outubro Rosa é o momento de fazer as cobranças devidas, para retomar ações que foram abandonadas e que resultaram, por exemplo, na diminuição de mamografias realizadas anualmente.

Ressaltou que o Plenário da Casa traz representantes de pessoas afetadas pela doença, com testemunho de que é possível vencer. No entanto, ponderou que essa capacidade de transformação "precisa do aparato público, dado o tamanho e a envergadura do problema".

Madrinha destaca relevância do diagnóstico precoce 

Uma das representantes das madrinhas do Outubro Rosa, Daniella Zuppo, ressaltou que o convite para ser madrinha do movimento foi um reconhecimento de seu engajamento em prol da conscientização sobre a doença e o diagnóstico precoce. “Mas entendi que esse convite envolvia também responsabilidade. Responsabilidade em dar voz a muitas outras mulheres que passam pelo mesmo diagnóstico, pelo mesmo difícil tratamento, pela mesma jornada em busca da cura”, afirmou.

Ela ainda ressaltou a importância do acesso a um rápido diagnóstico, aos exames necessários, a um tratamento eficiente. “Infelizmente, essa não é a realidade de todas as mulheres diagnosticadas com câncer de mama”, disse Daniella, que ainda lembrou que 50% dos casos da doença são detectados já em estágio avançado, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

E acrescentou: “se pensarmos que mais da metade das mulheres hoje diagnosticadas com câncer de mama são tratadas no Sistema Único de Saúde (SUS), faz-se urgente olhar para a qualidade desse atendimento. Embora seja um importante modelo de inclusão, há um problema de acesso”.

Por fim, ela defendeu a ampliação do atendimento às mulheres em todas as fases do enfrentamento da doença: diagnóstico, tratamento e monitoramento.

Apoio - Durante a reunião, Antônio Jorge ainda leu o discurso do presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes (PMDB), que ressaltou a importância das madrinhas do Outubro Rosa, que se destacam pelo apoio dedicado ao tema.

E ainda alertou sobre os desafios a serem enfrentados na tentativa de reduzir a mortalidade das mulheres, como maior acesso ao diagnóstico e ao tratamento. “Reiteramos nossa admiração a todas e todos que fizeram e fazem desta luta um esforço gigantesco e solidário em prol da vida”, finalizou.