Arlen reprovou o parcelamento dos salários dos servidores e os PLs que aumentam tributos
Bonifácio Mourão declarou apoio ao deputado João Leite, que disputa a Prefeitura de BH no 2º turno
Sargento Rodrigues afirmou que o comando da PM está atacando os adversários de Pimentel
Cristiano Silveira criticou deputados e imprensa, que estariam ignorando delações contra Aécio Neves

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 5/10/16

Críticas aos governos federal e estadual do PT marcam os discursos. Petistas defendem gestões de Dilma e Pimentel.

05/10/2016 - 18:35

Saúde
O deputado Arlen Santiago (PTB) disse que, desde 2003, o governo federal deixou de repassar R$ 136 bilhões para a saúde. Para ele, a falta desses recursos está deixando os hospitais mineiros em situação caótica. “Os prefeitos estão tendo que cuidar da saúde sozinhos, por não receberem recursos federais”, afirmou. Arlen também criticou o parcelamento dos salários dos servidores do Estado e os projetos, enviados à ALMG, que preveem aumento de tributos para vários segmentos, como caminhonetes cabine dupla, além de etanol e gasolina. Sobre os investimentos na educação, ele afirmou que o governo não repassa aos municípios, há seis meses, os recursos para o transporte escolar rural. Alertou, ainda, que a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Minas piorou nos últimos anos. Em aparte, Felipe Attiê (PTB) concordou com Arlen Santiago na crítica ao aumento de impostos.

 

 

Pimentel
O deputado Bonifácio Mourão (PSDB) criticou o governador por colocar a culpa da má gestão nos governos anteriores. Também declarou apoio ao colega João Leite (PSDB), que disputará a prefeitura da Capital no 2º turno das eleições. Ele leu trechos da campanha publicitária do governo Temer, com o lema “Vamos tirar o Brasil do vermelho para voltar a crescer”. O documento lista problemas da gestão anterior, como o atraso no pagamento de tarifas bancárias, a dívida do Ministério da Saúde e os altos custos com obras inacabadas, entre outrosm, e afirma que o governo está tomando medidas para reverter o quadro. Em aparte, Sargento Rodrigues (PDT) criticou o novo projeto de aumento do IPVA proposto em Minas, que estaria “presenteando o cidadão mineiro, com aumento das alíquotas do álcool e da gasolina”. Ele acrescentou que Fernando Pimentel já está nacionalmente conhecido pelas acusações de corrupção. 

 

Segurança pública
Segundo o deputado Sargento Rodrigues, o governador Fernando Pimentel está considerando como causa da falta de recursos do Estado o aumento dado pelo governo passado aos servidores da segurança. Ele também denunciou que o governo estaria tentando prejudicá-lo com mensagens apócrifas nas redes sociais, criticando sua atuação política. Relatou que foi procurado por um militar, que confessou ser o autor das mensagens e de ter sido desviado do policiamento para fazer os ataques na internet. Rodrigues afirmou que o comando da PM estaria acatando ordens de Pimentel para atacar seus adversários políticos. “É uma tentativa de desestabilizar uma liderança de oposição a este desgoverno que está aí”, frisou, acrescentando que já apresentou a denúncia ao procurador geral de justiça. O parlamentar também condenou o parcelamento de salários dos servidores da segurança pública e de outros setores do serviço público.

 

Acusações
Cristiano Silveira (PT) rebateu as críticas feitas à gestão de Pimentel no Governo de Minas. Ele destacou que o governo assumiu o Estado com um déficit de R$ 8 bilhões herdados das gestões anteriores, com situação precária das escolas públicas e da frota da Polícia Militar. Também criticou outros parlamentares e a grande imprensa, que estariam ignorando as várias delações contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), só se importando com as investigações contra o PT. Silveira acredita que, nessas eleições, a maior vitória foi das abstenções de eleitores. Em aparte, Rogério Correia (PT) falou sobre uma pesquisa do Ibope que mostra o aumento do número de pessoas que consideram o governo Temer pior que o de Dilma. O deputado criticou ainda a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/16, que tramita no Congresso Nacional e institui teto para os gastos públicos, congelando por 20 anos os recursos para saúde, educação e segurança pública. Na opinião dele, para os tucanos, que avalizam essas medidas, “não há espaço no orçamento para os pobres”.

 

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