Reforma administrativa I
O deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) criticou a reforma administrativa enviada pelo governador Fernando Pimentel à Assembleia Legislativa. Ele afirmou estar perplexo com a extinção de vários órgãos, especialmente da Secretária de Desenvolvimento Econômico. Lembrou que o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi) está ligado à secretaria e é responsável por atrair negócios. “A extinção fará com que os empresários tenham dificuldades em trazer novos projetos e gerar empregos”, afirmou. Informou que assinou a lista para criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigará denúncias de tráfico de influência do governador com a concessionária Caoa, representante da Hyundai no Brasil. O deputado também reclamou da falta de segurança pública na região Sul de Minas. Em aparte, Léo Portela (PRB) defendeu que os guardas municipais tenham acesso ao Registro de Eventos de Defesa Social (Red's).

Unimontes
A greve geral dos professores e alunos da Universidade de Montes Claros (Unimontes) foi o tema do deputado Carlos Pimenta (PDT). Segundo ele, os grevistas estão aguardando um encontro com o governo de Minas para debater o assunto. “Estamos tentando dialogar, mas o governo não quer ouvir os professores e os alunos”, afirmou. O deputado disse que Pimentel não está dando atenção para a instituição e que o hospital da faculdade está há mais de 30 dias atendendo somente urgência e emergência. Disse, ainda, que já solicitou uma audiência na Comissão de Educação para discutir o assunto. Em relação ao Dia do Trabalhador Rural e o Dia da Indústria, Carlos Pimenta afirmou que os primeiros foram esquecidos pelos governos federal e estadual e que as indústrias mineiras perderam a competitividade em relação às empresas nacionais e que as brasileiras também estão aquém das internacionais. “Não há o que comemorar”, lamentou.

Reforma administrativa II
O deputado Gustavo Corrêa (DEM) também criticou a proposta de reforma administrativa enviada pelo governador Pimentel. Segundo ele, se a reforma for aprovada, gerará desemprego no Estado. De acordo com o parlamentar, o governo prometeu uma reforma ampla e com corte de gastos, mas, ao contrário, “criou vários cargos na administração pública”. O deputado considera que a reforma não deve ser aprovada, em função do risco do afastamento do governador, que está sendo investigado por denúncias de corrupção. Sugeriu que Pimentel se licencie para “apresentar sua defesa aos mineiros”, além de ter criticado a extinção da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a criação de outras três, por decreto. Em sua opinião, o governador, com a reforma, “quer ter liberdade para fazer o que quiser” por meio de leis delegadas. O parlamentar informou ainda que a oposição está em processo de obstrução das votações, por acreditar que o chefe do Executivo não tem legitimidade.

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