Arlen Santiago abordou as dificuldades na área de saúde pública
Doutor Jean Freire indagou por que a oposição não questiona o novo ministro da Saúde
Cristiano Silveira defendeu Fernando Pimentel e disse que não há prove contra ele
João Leite teceu críticas ao PT e aos governos de Dilma e Pimentel

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 24/5/16

Saúde pública e críticas partidárias dominaram os debates na tribuna do Plenário nesta terça-feira (24).

24/05/2016 - 19:40 - Atualizado em 25/05/2016 - 16:00

Saúde
O deputado Arlen Santiago (PTB) afirmou que o PT desconstruiu o Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos 13 anos. Segundo o parlamentar, no mandato da presidente afastada Dilma Rousseff, foram fechados 23 mil leitos. “A saúde tem sido judicializada por falta de assistência do governo”, afirmou. O deputado informou que a população de Salinas (Norte de Minas) está consternada, pois, mesmo com ordem judicial, a prefeitura não libera os medicamentos para os pacientes. Ele criticou a proposta de reforma administrativa do Estado, alegando que ela não reduzirá gastos, porque cortará somente cargos vagos. Por fim, afirmou que Minas tem dinheiro para futilidades, mas não tem para pagar os salários dos servidores em dia. Em aparte, o deputado Sargento Rodrigues (PDT) disse que o governador Fernando Pimentel não ficará 60 dias no cargo, pois a delação premiada do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, foi homologada pela Justiça. O parlamentar se referiu à operação Acrônimo, da Polícia Federal, na qual Pimentel é investigado por suposto recebimento de vantagens indevidas quando comandava o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, além de financiamento irregular da campanha ao governo estadual. 

 

Defesa I
O deputado Doutor Jean Freire (PT) defendeu o governador, afirmando que ele tem credibilidade por ter sido eleito pelo voto popular. O parlamentar criticou a oposição, que, conforme disse, prefere discutir a situação do chefe do Executivo estadual em vez de debater temas importantes. “Não deixaram a presidente governar e agora querem fazer a mesma coisa em Minas”, afirmou. Doutor Jean Freire questionou a oposição por apoiar o governo do presidente interino Michel Temer, que anunciou cortes nos programas sociais, e indagou por que não criticam o novo ministro da Saúde por ter afirmado que o SUS é grande demais e precisa ser revisto. Em aparte, Rogério Correia (PT) disse que Pimentel está sendo investigado, mas não existe prova contra ele. Gustavo Valadares (PSDB) rebateu, alegando que ele foi indiciado. Ainda em aparte, Paulo Guedes (PT) disse que os parlamentares do PSDB não querem explicar as denúncias contra o partido e o senador Aécio Neves, fazendo menção à delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

 

Defesa II
A defesa de Pimentel também foi feita pelo deputado Cristiano Silveira (PT). “Não tem nada que prove as denúncias contra ele”, afirmou, criticando a oposição por defender o afastamento do governador, o que, na opinião do parlamentar, configura-se em “golpe”. “A oposição pretende assumir o governo da forma como fizeram em Brasília”, condenou. Ele também destacou que a reforma administrativa deixará a máquina pública estadual mais eficiente. Cristiano Silveira apontou ainda o que chamou de “incoerência do PSDB” por pedir a cassação da chapa Dilma e Temer, logo após a eleição, e, agora, fazer parte do governo interino de Michel Temer. O deputado também pediu que as transmissões das reuniões pela TV Assembleia passem a contar com a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Em apartes, Paulo Guedes reiterou que, em Minas, o PT e o PMDB "estão juntos contra o golpe" e Rogério Correia disse que o PSDB "fez um estrago na educação e saúde de Minas".

 

Críticas
O deputado João Leite (PSDB) acusou o PT de incoerente porque, hoje, elogia Tancredo Neves, mas era contra o político, além de ter votado contra projetos de interesse popular, como a Lei de Responsabilidade Fiscal. O parlamentar disse que o governo Dilma deixou um rombo de quase R$ 200 milhões nos cofres públicos e que Pimentel recebeu R$ 10 milhões de propina do empresário Bené. João Leite também condenou o parcelamento de salários dos servidores do Estado pela atual gestão e o aumento do efetivo policial para proteção pessoal do governador, acrescentando que ele estaria obstruindo a Justiça, na operação Acrônimo. O deputado também informou que solicitou cópia da delação premiada de Bené e afirmou que o documento deve chegar em breve à Assembleia. Finalmente, defendeu o senador Aécio Neves das críticas da oposição.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em Plenário.