Hospitais regionais e federais serão tema de audiência

Comissão de Saúde pretende traçar nesta quarta (25) um panorama da situação dessas instituições em Minas Gerais.

20/05/2016 - 15:34 - Atualizado em 20/05/2016 - 16:11

Debater o andamento das obras de construção dos hospitais regionais em todo o Estado e as demandas e dificuldades dos hospitais federais em Minas Gerais. Esse é o objetivo da audiência pública que a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza nesta quarta-feira (25/5/16), às 15 horas, no Plenarinho IV, atendendo a requerimento dos deputados Carlos Pimenta (PDT) e Arlen Santiago (PTB), presidente da comissão.

Segundo informações do Ministério da Educação, são quatro os hospitais ligados a universidades federais no Estado, que se somam a outras instituições (públicas ou particulares), essas últimas conveniadas com entidades de ensino superior e que possuem cursos na área de saúde, especialmente Medicina.

Em todo o País, são 44 hospitais ligados a universidades federais cadastrados pelo Ministério, sendo 16 somente na Região Sudeste. Como dependem de repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) ou outras verbas federais para se manter, muitos estão com as finanças comprometidas.

Quanto aos hospitais regionais, trata-se de uma série de unidades de referência espalhadas por todo o Estado, cujas obras começaram no governo anterior, mas que teriam sido paralisadas nesta administração estadual. Em alguns, as obras teriam sido retomadas, mas em ritmo lento. A expectativa do Executivo é de que todos os novos hospitais regionais estejam funcionando até o final de 2018, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

"Atualmente, sete milhões de pessoas sofrem com a ausência de hospitais no interior. A conclusão e o pleno funcionamento dessas instituições foram promessas de campanha do governador Fernando Pimentel", alerta Arlen Santiago. "Porém, até hoje, nenhum dos hospitais que estavam em construção em 2014 encontra-se em atividade, o que vem provocando inúmeros transtornos aos pacientes e seus familiares, que precisam recorrer aos hospitais de outras regiões, muitas vezes enfrentando viagens longas para conseguirem atendimento", lamenta.

Sobre os hospitais federais, o parlamentar explica que, como todos os setores da saúde pública, eles vêm passando por vários problemas e se desdobrando para se manterem em atividade.

Convidados - Foram convidados para o debate o secretário de Estado de Saúde, Sávio Souza Cruz; o provedor da Santa Casa de Montes Claros (Norte de Minas), Heli de Oliveira Penido; o presidente da Associação Médica de Minas Gerais, Lincoln Lopes Ferreira; o presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), Fábio Augusto de Castro Guerra; o vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde, Ederson Alves da Silva; o prefeito e a presidente da Câmara de Nanuque (Jequitinhonha), respectivamente Ramon Ferraz Miranda e Rozilene Ramos Almeida; e o presidente da Câmara de Montes Claros, José Marcos Martins de Freitas.

Também foram convidados o superintendente interino do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Erich Vidal Carvalho; a superintendente do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Luciana de Gouvêa Viana; o superintendente do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Luiz Antônio Pertili Rodrigues de Resende; e, finalmente, o diretor-geral do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Hélio Lopes da Silva.