Concurso
O deputado Carlos Pimenta (PDT) criticou o Governo do Estado por protelar a nomeação dos candidatos aprovados há dois anos em concurso da Secretária de Estado de Saúde (SES). Para ele, os direitos dos candidatos não foram respeitados, já que várias pessoas foram contratadas sem concurso e os aprovados não estão sendo empossados. “O tempo está passando e os aprovados perderão o direito de ocuparem seus cargos”, afirmou. O parlamentar disse que a secretaria está precisando de funcionários especializados e que muitos convênios deixaram de ser feitos por falta de pessoal. Pimenta também cobrou a efetivação dos funcionários da Uninontes, muitos deles atingidos pela Lei 100. Em aparte, Rogério Correia (PT) afirmou que o governo do Estado está analisando a possibilidade de aproveitar o plano de carreira dos demitidos da Lei 100 da Unimontes. Ele disse ainda que já tem pedido para que os nomeados da Saúde sejam contratados.

Jequitinhonha
A reivindicação de Carlos Pimenta no tocante ao concurso da Saúde recebeu o apoio do colega Doutor Jean Freire (PT). Ele informou que já está marcada uma reunião para tratar do assunto na secretaria. O parlamentar subiu à tribuna para defender o povo do Vale do Jequitinhonha e pedir que os governos olhem pela região, historicamente abandonada. Freire disse que no passado a extração de ouro e diamante destruiu o Vale e hoje as plantações de eucalipto estão poluindo o rio Jequitinhonha e devastando o meio ambiente. Referindo-se ao excesso de teses acadêmicas sobre a região, disse que “o povo do Vale não precisa mais ser estudado, precisa estudar e ser ouvido”. O parlamentar reclamou que a região conta com represa para irrigar as plantações de eucalipto, mas não tem água para a população beber. Ele reivindicou também o asfaltamento da BR 367, que liga Diamantina a Porto Seguro, na Bahia, promessa de vários governos, nunca cumprida.

Crise
O deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB) abordou, em seu pronunciamento, a crise econômica por que passam o Brasil e o mundo. “Os efeitos da crise no País só não foram piores devido à intervenção forte do Estado e a medidas econômicas anticíclicas que agora se esgotaram”, afirmou. Celinho disse que o Brasil vive uma recessão e que é preciso reconhecer e tomar medidas para conter a crise, investindo em setores estratégicos como o turismo, e que Minas Gerais pode se favorecer com isso. O deputado informou que está sendo negociado com o Departamento Nacional de infraestrutura de Transporte Terrestre (DNIT) alternativas para evitar a paralisação das obras da BR 381. Ele disse também que no dia 20 deste mês será publicado edital para reconstrução da ponte que liga Coronel Fabriciano a Timóteo, no Vale do Aço. Em aparte, o deputado Geraldo Pimenta (PCdoB) concordou com o colega no tocante aos investimentos em turismo para enfrentamento da crise.  

Mosquito
As doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Egypti foi o assunto do deputado Antônio Jorge (PPS). O parlamentar afirmou que essas doenças são recorrentes no Brasil. “Se você tem um problema difícil, recorrente, que não consegue resolver, é preciso parar de fazer a mesma coisa; a inovação no combate ao Aedes é próxima de zero”, criticou. Para ele, a dengue não será resolvida somente com ações do governo. “É necessário o envolvimento da população e, para isso, devemos usar as concessões de rádio e TV, na divulgação de campanhas”, disse. Jorge informou que em 2015 houve 80 mortes por dengue e 200 mil casos notificados. O deputado sugeriu que a população seja treinada para o uso de larvicida, propondo que o produto seja distribuído junto com uma cartilha explicativa. Antônio Jorge também defendeu a construção dos hospitais regionais pelo governo anterior. E disse que o governo atual precisa concluir as obras e investir mais nos municípios.

Barragens
A deputada Celise Laviola (PMDB) exibiu objetos encontrados na região de Bento Rodrigues (região Central), atingida pela lama da Samarco. A parlamentar, que mora em Governador Valadares (Rio Doce), região atingida pelo rompimento da barragem, afirmou que a Comissão Extraordinária das Barragens quer saber o que está sendo feito para ajudar a população afetada. “É preciso uma resposta e uma atitude concreta por parte da Samarco e não estamos recebendo”, criticou. Celise cobrou da empresa uma forma alternativa de captação de água nas cidades servidas pelo Rio Doce, atingido pela lama tóxica. Em aparte, a deputada Marília Campos (PT) denunciou que resíduos tóxicos da extinta fábrica da Rhodia, em Cubatão (SP) estariam sendo transferidos para Minas e sendo incinerados em Sarzedo (Central), colocando em risco a população do Estado. A deputada informou que fez um requerimento para suspender a incineração do produto no Estado.

Consulte os pronunciamentos realizados em reuniões de Plenário.