O relator, deputado João Alberto (à esquerda), opinou favoravelmente à matéria, sem alterações

Feira de Artesanato de BH deve se tornar patrimônio cultural

Comissão de Constituição e Justiça concluiu pela legalidade da proposição nesta quarta-feira (25).

25/11/2015 - 13:38 - Atualizado em 25/11/2015 - 14:16

Nesta quarta-feira (25/11/15), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) concluiu pela legalidade do Projeto de Lei (PL) 806/15, de autoria do deputado Fred Costa (PEN), que declara patrimônio cultural do Estado a Feira de Arte e Artesanato da Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte. O relator, deputado João Alberto (PMDB), opinou favoravelmente à matéria, na forma original.

De acordo com a proposição, cabe ao Poder Executivo a adoção das medidas necessárias a seu registro no Livro de Registro dos Lugares, que institui as formas de registro de bens culturais de natureza imaterial ou intangível que constituem patrimônio cultural do Estado.

Segundo o autor, a chamada “Feira Hippie” surgiu na Capital em 1969, como um espaço criado na Praça da Liberdade por um grupo de intelectuais, jovens artesãos e artistas plásticos para expor suas obras. “Foram anos de expansão da feira, que conquistou a popularidade e a simpatia dos belo-horizontinos e visitantes, que foram incorporando, cada vez mais, o caráter artístico e cultural do evento, que acontecia em todas as quintas-feiras e aos domingos”, defende, em sua justificativa.

O deputado Fred Costa lembra, também, que, em 1991, a feira foi transferida para a Avenida Afonso Pena, onde passou a contar com um espaço mais amplo e a oferecer uma variedade muito maior de produtos. Foi, então, oficialmente denominada Feira de Arte, Artesanato e Produtores de Variedades, incorporando aos produtos já oferecidos também alimentos, flores e outros.

“Hoje, inegavelmente, a nossa "Feira Hippie" tornou-se um importante patrimônio artístico e cultural mineiro, devendo assim ser tratada e declarada. Para tanto, contamos com o apoio de nossos nobres pares para a aprovação deste projeto”, completa.

O projeto, agora, segue para a Comissão de Cultura para análise quanto ao mérito.

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