Produtos de sacolão estão em média 0,89% mais caros em relação ao mês de março

Produtos da estação não garantem preços mais baixos

Procon Assembleia constatou alta em itens dos sacolões que estão em plena safra e deflação em vegetais na entressafra.

17/04/2015 - 12:35

Um conselho frequente dos economistas e especialistas em orçamento doméstico é que o consumidor, ao fazer compras no sacolão, dê preferência aos produtos que se encontram em período de safra. Isto porque, além de mais saudáveis, eles costumam estar mais baratos. Essa atitude, porém, pode nem sempre resultar em economia. A mais recente pesquisa do Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) constatou que alguns itens, mesmo estando em plena safra, registraram aumentos bem acima da inflação. Por outro lado, certos legumes, verduras e frutas na entressafra ficaram mais em conta. O levantamento dos preços de 58 produtos foi feito entre os dias 13 e 14/4/15 junto a 39 sacolões de Belo Horizonte.

Consulte a pesquisa completa.

Como exemplos de produtos cujos preços dispararam, mesmo em período de safra, estão o mamão formosa, com alta média de 43,33% em relação à pesquisa de março/15. O mamão Havai ficou 14,54% mais caro. Outro item que subiu em plena safra foi a cebolinha, com 3,41%. Em contrapartida, os  que se tornaram mais em conta foram a laranja serra d'água, com queda média de 26,11%, a maçã fuji, com -8,88%, e o pimentão verde, que ficou 7,21% mais barato.

De forma geral, os produtos de sacolão em Belo Horizonte ficaram, no mês de abril, em média 0,89% mais caros em relação ao levantamento de março. Os legumes (21 itens pesquisados) encareceram 1,41%, as verduras (14 itens) subiram 2,02% e as frutas (preços de 23 itens coletados) ficaram 0,21% mais caras.

O Procon Assembleia informa que o consumidor deve ficar atento especialmente aos aumentos significativos que ocorreram no preço do tomate (41,63%), do jiló (21,50%) e da manga (22,28% para o tipo palmer e 21,45% para a tommy). Em contrapartida, as maiores reduções foram encontradas nos preços do chuchu, com -42,18%, da mexerica ponkan (-31,38%) e da batata inglesa (-21,71%).