ALMG irá realizar encontros regionais para de debater o novo marco regulatório das organizações da sociedade civil

Encontros debaterão legislação que trata do terceiro setor

Presidente da ALMG anunciou parceria para discussões sobre marco regulatório das organizações da sociedade civil.

10/04/2015 - 16:47

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em parceria com o Tribunal de Contas e a Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, irá realizar 12 encontros regionais em toda Minas Gerais com o objetivo de debater o novo marco regulatório das organizações da sociedade civil, a Lei Federal 13.019, de 2014. O anúncio foi feito durante cerimônia de abertura da Jornada Científica do Instituto Rui Barbosa, na sede do Tribunal de Contas do Estado.

Segundo o presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes (PMDB), a Lei 13.019, que estabelece normas para regular as relações entre os entes públicos e as organizações da sociedade civil para prestação de serviços de interesse público, marca um novo tempo nas relações entre a sociedade e essas organizações. Ele ainda destacou o papel da ALMG na divulgação da nova norma. “A Assembleia pode dar uma grande contribuição pela sua capilaridade. Vamos criar essa simbiose entre o terceiro setor e as instituições que organizam e trazem recursos para essas entidades sem fins lucrativos”, afirmou.

Aplicação de recursos – O secretário de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, André Quintão, defendeu o novo marco e afirmou que a legislação pode garantir a melhor aplicação do recursos destinados à assistência social pelos municípios mineiros. “R$ 200 milhões estão parados nas contas dos municípios mineiros para assistência social. Esse valor representa quatro anos de repasses do Estado para esse fim”, lamentou o secretário. Segundo Quintão, Minas possui 16 mil entidades que se enquadram na categoria abarcada pelo marco e que podem se beneficiar com a norma. Apesar de confiante, Quintão ressaltou que é necessária atenção especial para que a nova legislação não paralise a assistência à população em situação de vulnerabilidade social.

A representante do Ministério do Desenvolvimento Social, Ana Paula Gonçalves, também se mostrou preocupada com a aplicação da nova norma. Segundo ela, essas organizações são responsáveis por 80% da assistência social em Minas, com mais de um milhão de vagas para atendimento à população. “A legislação é uma conquista que nos permite mudar uma relação que sempre se baseou no favor. Mas é preciso analisar como vamos aplicar a lei em uma realidade de serviços continuados”, disse Ana Paula.

Painel Técnico – Após a solenidade de abertura, os presentes participaram do painel técnico Novo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (PSC) e o Controle dos Tribunais de Contas.