Ciclo de debates abordará participação da mulher na política

Evento vai mostrar como a Bolívia aumentou a representação feminina no Parlamento.

04/03/2015 - 15:54 - Atualizado em 05/03/2015 - 14:31

Para marcar o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) promove o Ciclo de Debates Reforma Política, Igualdade de Gênero e Participação: O que querem as mulheres de Minas. O evento, que será realizado nesta sexta-feira (13/3/15), vai reunir autoridades e especialistas para discutir os desafios para se ampliar a participação feminina na política. As inscrições para participar dos debates são gratuitas e podem ser feitas até as 16 horas da quinta-feira (12).

O ciclo de debates busca resgatar o significado do Dia Internacional da Mulher como uma data de luta pela construção da igualdade de gênero e da paridade política. Durante o evento, serão apresentadas experiências internacionais sobre a paridade de gênero na representação política.

Ele também será uma oportunidade para refletir sobre os entraves encontrados pelas mulheres para participação na política institucional e sobre a necessidade de uma reforma política que amplie a representação das mulheres em instâncias decisórias. As sugestões apresentadas pelos participantes do evento serão encaminhadas posteriormente ao Congresso Nacional.

O evento começa às 9 horas. Na parte da manhã, o painel “Igualdade de gênero e reforma política: Um diálogo comparado sobre a construção da paridade política” terá a participação da deputada boliviana Susana Rivero Guzmán, que vai contar como a Bolívia conseguiu aumentar a participação feminina na política. Também participam desse painel a presidente do Superior Tribunal Militar, ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha; a deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG); e a representante da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político em Minas Gerais, Maria Amélia Souza Mendes.

Na parte da tarde, a partir das 14 horas, será realizado o painel “Reforma política e a representação das mulheres no Brasil: Desafios atuais e propostas elaboradas”. Participam desse painel a vereadora de Belo Horizonte Elaine Matozinhos; a coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem-UFMG), Marlise Matos; a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), Beatriz Cerqueira; e a assessora da ONU Mulher, Benilda Regina Brito.

Redes sociais - Para estimular esse debate nas redes sociais, foi criada a hashtag #MaisMulheresNaPolitica. A ALMG está presente no Facebook, no Twitter e no YouTube.

Mulheres são minoria nas casas legislativas

No Brasil, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, cerca de 52% do eleitorado é composto por mulheres. Em Minas Gerais, são quase 8 milhões de eleitoras, que perfazem mais de 50% dos votantes. No entanto, conforme ranking divulgado pela União Interparlamentar (UIP) no começo deste ano, o Brasil ocupa o 117° lugar em participação feminina na política, ficando atrás de países como Ruanda, Bolívia e África do Sul. Dos 513 deputados federais, apenas 51 são mulheres. E dentre os 81 senadores, apenas 12 são mulheres.

Para o Congresso Nacional, Minas Gerais elegeu até hoje apenas uma senadora e doze deputadas federais. Júnia Marise foi a única senadora (1991-99) e a primeira deputada federal mineira (1979-83). A ALMG teve apenas 31 deputadas em seus 180 anos de existência. A atual bancada de mulheres é composta por sete deputadas em um universo de 77 parlamentares: Arlete Magalhães (PTN), Celise Laviola (PMDB), Cristina Corrêa (PT), Geisa Teixeira (PT), Ione Pinheiro (DEM), Marília Campos (PT) e Rosângela Reis (Pros).