Feminicídio significa o homicídio praticado contra a mulher - Arquivo/ALMG

Panorama desta terça (10) fala sobre o feminicídio

Já nesta quarta (11), o programa da TV Assembleia destaca a relação entre crise da água e atividades de mineração.

09/02/2015 - 14:52

O feminicídio e a relação entre a crise da água e as atividades de mineração são os temas do programa Panorama, da TV Assembleia, destas terça e quarta-feiras (10 e 11/2/15), respectivamente. Nesta terça-feira (10), às 8h30, o Panorama fala sobre o feminicídio. Esse termo, que tem sido cada vez mais usado, significa o homicídio praticado contra a mulher, em decorrência do fato de a vítima ser mulher.

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Está em tramitação no Congresso Nacional, em Brasília, um projeto de lei que inclui o que caracteriza o homicídio praticado contra a mulher por razões de gênero. As motivações mais comuns seriam o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda da propriedade sobre as mulheres, típico de uma sociedade ainda marcada pela desigualdade de gênero.

No estúdio da TV Assembleia, participam do debate a coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a mulher, o Nepem, do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Marlise Matos, e a juíza Marixa Rodrigues, responsável pelo julgamento do caso Eliza Samúdio. Marixa foi convidada pela ONU Mulheres a participar das discussões do projeto de lei que prevê a inclusão do feminicídio no Código Penal Brasileiro. Ela integra, ainda, o grupo de trabalho para o desenvolvimento de protocolo nacional a ser aplicado nas investigações de crimes violentos contra a mulher.

O programa tem reprise às 19 horas e a 1 hora da manhã desta quarta-feira (11).

Mineração e a crise da água

O Panorama desta quarta (11), às 8h30, volta ao tema da crise da água e fala de mitos e verdades em torno da atividade de mineração, o setor econômico mais importante do Estado e que usa os recursos hídricos em todas as etapas de produção. Além disso, estão em operação, em Minas, vários minerodutos que, com o uso da água, fazem o escoamento da produção até os portos.

Participa do programa o hidrogeólogo Antônio Carlos Bertachini, mestre em Hidrogeologia e consultor nas áreas de água, mineração e meio ambiente. Ele explica como acontece a mineração de ferro com rebaixamento do nível de água, gerando as barragens, e defende que o setor, ao extrair minério em aquíferos, aumenta a disponibilidade hídrica. O hidrogeólogo fala, ainda, dos processos necessários ao aproveitamento dessa água represada, em sistemas de abastecimento.

O programa também recebe a professora Sônia Denise Ferreira Rocha, coordenadora do Curso de Engenharia de Minas da UFMG, que tem mestrado e doutorado em Tecnologia Mineral e Hidrometalurgia, além de pós-doutorado em Processamento Aquoso. Ela ressalta a importância de a sociedade compreender que, como qualquer setor econômico, a mineração provoca impactos, incluindo positivos, como a disponibilidade de recusos de aquíferos, necessitando, de toda forma, minimizar os negativos. Segundo a professora, é preciso, por exemplo, aumentar os investimentos para o reúso da água e para o aproveitamento daquela usada em mineriodutos.

O programa tem reprise às 19h30 e a 1 hora da manhã desta quinta-feira (12).