O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Dinis Pinheiro (PP), participou, na noite desta quinta-feira (18/12/14), da solenidade de outorga da Medalha Guido de Andrade, instituída pela Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis). Foram homenageados a vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, e o jurista Antônio Augusto Cançado Trindade, membro da Corte Internacional de Justiça.

A solenidade, realizada na sede da Amagis, em Belo Horizonte, contou ainda com a presença do governador do Estado de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho; do presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Pedro Carlos Bitencourt Marcondes e dos deputados Durval Ângelo (PT) e Gil Pereira (PP), entre outras autoridades. O governador eleito, Fernando Pimentel, compareceu ao local antes do início da homenagem.

O orador oficial, desembargador Luiz Audebert Delage Filho, afirmou que a medalha é um símbolo de reconhecimento e gratidão da magistratura mineira e destacou que os homenageados contribuíram para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito.

O presidente da Amagis, desembargador Herbert José Almeida Carneiro, disse que tanto Cármen Lúcia, como Cançado Trindade, são mineiros genuinamente comprometidos com o interesse público. O desembargador lembrou que a ministra presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas primeiras eleições após a Ficha Limpa e destacou o papel de Cançado Trindade no Direito Internacional. "Ambos merecem todo o nosso reconhecimento pelos relevantes serviços prestados ao Brasil", afirmou.

A ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha é natural de Montes Claros, no Norte de Minas. Graduou-se em Direito pela Faculdade Mineira de Direito, em 1977. Já exerceu a advocacia e foi procuradora do Estado de Minas Gerais. É ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2006. Foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2012 a 2013.

O jurista Antônio Augusto Cançado Trindade nasceu em Belo Horizonte. É PhD em Direito Internacional e autor de 42 livros. Presidiu a Corte Interamericana de Direitos Humanos de 1999 a 2004. Em novembro de 2008, foi eleito, pelas Nações Unidas, juiz da Corte Internacional de Justiça.

Guido de Andrade - A comenda Guido de Andrade foi instituída pela Amagis em 2007, durante a gestão do ex-presidente Nelson Missias de Morais. O desembargador José Guido de Andrade, que dá nome à honraria, faleceu em 2004 e foi um ícone da magistratura mineira. Atuou como promotor, juiz, corregedor-geral de justiça e professor de Direito Processual Penal.

Foi ainda presidente da Amagis e vice-presidente do TJMG. Em 1991, integrou a Comissão Especial, designada pelo ministro da Justiça, que apresentou sugestões às alterações do Código de Processo Penal. Aposentou-se compulsoriamente em 2002, após 40 anos dedicados à magistratura.