Os preços dos produtos tradicionalmente consumidos no período natalino chegam a variar mais de 400% entre um estabelecimento e outro. Foi o que constatou uma ampla pesquisa do Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que coletou os preços de itens como panetones, castanhas, bebidas, frutas e conservas. Os levantamentos foram realizados entre os dias 3 e 12/12/14 no comércio de Belo Horizonte.

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As maiores diferenças de preços foram encontradas na castanha de caju moída (473,27%), cujo quilo pode ser comprado por desde R$ 15,00 até R$ 85,99, e na ameixa seca sem caroço, que apresentou variação de 470,84% (preços entre R$ 11,90 e R$ 67,93). Em geral, produtos do grupo “frutas cristalizadas, castanhas e conservas” registraram aumento médio de 21% em relação à pesquisa do ano passado. Dos 24 itens contemplados no levantamento, 18 ficaram mais caros e cinco mais baratos (um produto foi excluído da pesquisa neste ano).

Panetones e chocotones tiveram aumentos médios entre 6% e 7,67%, respectivamente. O Procon Assembleia analisou 52 produtos dessa categoria. As maiores altas ocorreram nos chocotones da marca Arcor, em torno de 29% em relação a 2013. Já o Nestlé Prestígio ficou em média 14,24% mais barato. Nesse grupo de produtos, os itens de marca própria apresentaram variações de preço da ordem de 200%. Já os de marcas famosas, como Bauducco e Visconti, registraram diferenças entre R$ 52,44% e 59,39% entre os estabelecimentos mais baratos e os mais caros.

No caso das frutas frescas, os preços de 19 itens foram comparados com os praticados no ano passado. Nesse caso, o Procon Assembleia constatou que onze ficaram mais baratos e oito mais caros. As maiores baixas foram encontradas nos preços da lichia (-21,66%) e da nectarina (-6,85%). Por outro lado, os principais aumentos estão nos preços do pêssego importado (36,91%) e do kiwi (26,10%). Entre as frutas frescas, o levantamento encontrou variações superiores a 150% para um mesmo produto, dependendo do estabelecimento visitado.

Outro grupo de produtos natalinos que tem seus preços acompanhados anualmente pelo Procon Assembleia é o de bebidas. Este ano, dos 85 itens analisados, a cerveja foi a que registrou o maior aumento, com 54,57% em relação aos preços médios do ano anterior. Os demais grupos, como vinhos, espumantes e whisky, entre outros, receberam reajustes inferiores a 6%. Mesmo assim, para esses, as variações entre um estabelecimento e outro podem chegar a 100%. Por isso o Procon Assembleia aconselha que o consumidor prepare sua lista com antecedência e compre nos locais onde os preços estão mais baixos, sempre atentando para a qualidade dos produtos.