Comissão promove lançamento de livro em São Joaquim de Bicas

Coordenador da Pastoral Carcerária do município descreve trabalho realizado com detentos.

15/09/2014 - 17:51 - Atualizado em 17/09/2014 - 10:47

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza, na próxima quarta-feira (24/9/14), às 14 horas, na penitenciária de São Joaquim de Bicas (Região Metropolitana de Belo Horizonte), reunião para o lançamento do livro “Preso estou, livre serei – Pastoral Carcerária: fundamentos, inspiração, atuação” (Ed. Lutador). A publicação é de autoria do coordenador da Pastoral Carcerária do município, Frater Henrique Cristianus. A penitenciária Jason Soares Albergaria fica na Rua Bacharel Otacílio Teotônio de Lima, 325, Primavera.

O autor do requerimento é o presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT). Segundo o parlamentar, o livro vai se tornar uma referência nacional sobre a metodologia de trabalho da Pastoral Carcerária. Ele conta que a obra aborda temas como exclusão social e desigualdade de classes e aponta a perda da humanidade dos detentos, o que brutaliza o sistema carcerário. “A área de direitos humanos trabalha com os desencontros da vida, procurando ajudar no resgate dos direitos e na defesa da vida”, disse.

Livro - Frater Henrique Cristianus explica que o livro é dividido em três partes. A primeira delas é destinada a contar a realidade socioeconômica do Brasil, com seus desafios e contradições. “A maioria dos presos provém de uma realidade marcada por privações. São pessoas que foram feridas na sua humanidade, rejeitadas, excluídas. A primeira parte termina com a descrição da vida atrás das grades, quando tento analisar a psicologia do preso e o que ele experimenta no seu dia a dia”, conta.

A segunda parte do livro, segundo o autor, destina-se a apresentar os fundamentos e os objetivos da Pastoral Carcerária. Já a última parte aborda o trabalho dos membros da pastoral e também como se dá o seu relacionamento com os presos. Frater Henrique Cristianus disse que a obra é baseada em experiências concretas e que trata da ação evangelizadora e de ressocialização nos presídios. “Quem está preso sonha com a liberdade. Essa privação já é um mecanismo de desumanização”, afirma.