Exposição é composta por fotos, documentos, músicas, jornais, revistas, discos, charges e objetos diversos
Memorial da Assembleia conta os 200 anos de história do Parlamento mineiro

Visitas guiadas percorrem mostra sobre ditadura e Memorial

Grupos podem agendar horário no Centro de Atendimento ao Cidadão da ALMG, pelo telefone (31) 2108-7800.

03/04/2014 - 18:18

Já podem ser agendadas visitas guiadas à exposição “1964-1985: A Subversão do Esquecimento” e ao Memorial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A visita guiada aos dois espaços é uma oportunidade para promover uma reflexão sobre os 50 anos do golpe de 1964 e também sobre o papel do Poder Legislativo.

A exposição, que prossegue até o dia 30 de abril na Galeria de Arte da Assembleia, pretende despertar memórias e incentivar um futuro distanciado da apatia e da submissão ao esquecimento. Para retratar o clima e os principais acontecimentos sociais, políticos e culturais da ditadura militar, conta com o auxílio de fotos, documentos, músicas, jornais, revistas, discos, charges e objetos diversos.

São quatro as fases retratadas: Antecedentes do Golpe (início dos anos 1960); O Golpe (1964-1968); Anos de Chumbo (1969-1974); e Fim da Ditadura (1975-1985). A mostra integra a programação do Ciclo de debates 50 Anos do Golpe Militar de 1964, que a Assembleia realizou nos dias 31 de março e 1º de abril.

O presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PP), lembra que nunca é demais honrar a memória daqueles que sofreram na luta pela democracia, papel que a exposição também assume. “A forma pela qual esse passado é narrado e transmitido às atuais gerações é essencial tanto para se evitar que isso venha a se repetir, quanto para que as conquistas presentes não sejam vistas como condições pacificamente estabelecidas”, afirma.

Já o Memorial da Assembleia, inaugurado em novembro do ano passado, conta os 200 anos de história do Parlamento mineiro. O espaço nasceu da necessidade de se preservar a história da instituição. A visita ao Memorial conta com um roteiro em que o visitante interage com os temas propostos, por meio de vídeos, objetos, fotos, equipamentos multimídia, música, entre outros recursos.

Durante a visita guiada aos dois espaços, monitores do Memorial acompanham os grupos interessados, abordam questões que envolveram a ditadura e trabalham também a atuação da Assembleia do processo de abertura política até o momento atual. “Os interessados passam pela exposição e vão até o Memorial para fazer o contraponto”, ressalta a gerente do Memorial, Márcia Milton Vianna.

Para o gerente-geral de Documentação e Informação da Assembleia, Nilson Vidal Prata, os conteúdos a serem abordados nos dois espaços são complementares. “Queremos refletir sobre os opostos: censura e liberdade de expressão, ditadura e democracia”, relata. Ele ressalta ainda que, no Memorial, serão tratados temas como interlocução da ALMG com a sociedade e atuação parlamentar.

Serviço - As visitas guiadas de grupos podem ser agendadas no Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC) da ALMG, pelo telefone (31) 2108-7800. A Galeria de Arte fica situada no térreo do Palácio da Inconfidência, na Rua Rodrigues Caldas, 30, bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte. O horário de funcionamento da exposição é das 8 às 18h30, de segunda a sexta-feira, com entrada franca.