A racionalização de recursos energéticos é uma das preocupações do projeto de Kaiodê Biague (à direita)
Estudante apresenta proposta sustentável para manutenção de estações BRT

Estudante apresenta projeto de mobilidade urbana sustentável

Vencedor da edição 2011 do Prêmio Jovem Cientista, do CNPq, foi parabenizado por deputados da Comissão de Educação.

29/02/2012 - 15:14

“Por que não posso unir mobilidade urbana com desenvolvimento sustentável?” Essa foi a questão levantada pelo estudante de Arquitetura Kaiodê Leonardo Biague ao justificar o tema do projeto que lhe rendeu a primeira colocação da edição de 2011 do Prêmio Jovem Cientista, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Em reunião realizada nesta quarta-feira (29/2/11) pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o acadêmico apresentou a pesquisa “Mini Usinas Solares Fotovoltaicas em Sistema de Transporte Rápido por Ônibus (BRT)”. O estudo consiste no aproveitamento da energia solar, por meio de placas fotovoltaicas, e da água da chuva nas estações de BRT. “Meu intuito é pensar a arquitetura comprometida com a cidade”, disse o estudante.

Kaiodê desenvolveu o  projeto de uma placa para captação de energia solar e geração de energia para as estações de ônibus BRT. De acordo com o estudante, ao contrário do que acontece com as estações de metrô, que utilizam a energia elétrica, se a cidade ficar sem energia as estações do BRT sustentável continuariam funcionando normalmente. Outro motivo que levou o estudante à conquista do prêmio foi a preocupação em colaborar  para  a melhoria  da  qualidade  de  vida  nas  cidades  brasileiras  por meio da racionalização de recursos energéticos. “A energia é um ponto central das cidades, os recursos naturais são finitos, por isso pensei no desenvolvimento sustentável como a mobilidade urbana e energia renovável”, afirma Kaiodê.

O jovem cientista disse que para implantar a energia renovável é necessário um alto investimento, mas lembra que, ao utilizar esse tipo de energia, a médio e longo prazos a economia e o retorno são satisfatórios. O clima foi apontado como o fator que mais dificulta a utilização desse tipo de energia, mas esse não é o caso do Brasil, de acordo com o Estudante. Ele salientou que o País, por ter um clima tropical, tem potencial até duas vezes e meia maior que a Europa, em que esse tipo de tecnologia é muito mais desenvolvido.

Os deputados Bosco (PTdoB), Carlin Moura (PCdoB) e Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) parabenizaram o jovem pela iniciativa e afirmaram que ele é incentivo para todos os jovens do país. O deputado Carlin Moura disse ainda que “o projeto é sólido e tem a essência da tecnologia e do desenvolvimento sustentável, útil para a vida das pessoas e ainda pode ser aplicado em BH”.

Kaiodê Leonardo Biague é estudante do terceiro período de Arquitetura do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Ele elaborou o projeto em 32 dias, tendo disputado o prêmio com outros 174 trabalhos na categoria “Ensino Superior”. Para ele, o principal desafio agora é passar seu projeto pela fase experimental.

Consulte a lista de todas as proposições analisadas.