Um total de 537 participantes, entre os quais representantes de 153 instituições parceiras, compareceram na etapa final do Seminário Legislativo Pobreza e Desigualdade, realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais entre os dias 24 e 26 de outubro. O evento, que antes da plenária final realizou doze encontros regionais no interior e uma consulta pública, destinou-se a discutir e propor políticas públicas de combate à pobreza no Estado.

Das 537 pessoas presentes durante os três dias de debates da etapa final, 350 foram participantes individuais ou indicados por instituições parceiras do evento e 187 delegados regionais, eleitos durante os doze encontros realizados no interior do Estado. O número total de participantes representa 69% do total de pessoas previamente inscritas.

Além disso, do total de pessoas presentes no evento, 437 participaram dos grupos de trabalho, nos quais foram discutidos temas específicos para a superação da pobreza, entre eles “Educação e Cultura”, “Saúde e Qualidade de vida” e “Produção e Trabalho”. O grupo de trabalho “Promoção e Proteção social” foi o que registrou maior índice de presença, com 185 participantes. Vale ressaltar que a presença nos grupos de trabalho é inferior ao total do público presente no evento, uma vez que alguns participantes compareceram, apenas às sessões plenárias.

A Plenária Final, momento que representa a conclusão dos trabalhos e no qual é votado um documento com as propostas aprovadas no evento, registrou a participação de 326 pessoas com direito a voto, o que representa uma taxa de comparecimento de 74,6%, relativamente ao número de inscritos. 

Seminário abre espaço para engajamento da sociedade

Participante do evento por meio do Centro de Vida Independente de Belo Horizonte, a educadora ambiental Kátia Ferraz acredita que, comparativamente a outros eventos já promovidos pela Assembleia, o Seminário Pobreza e Desigualdade apresentou um avanço em termos de participação e envolvimento da sociedade. Na sua avaliação, ao promover esse tipo de evento, a Assembleia abre espaço para que cada vez mais pessoas participem e se engajem em discussões sobre o desenvolvimento do Estado.

Kátia considerou ainda que o evento foi uma oportunidade de aprendizado, uma vez que possibilitou e fomentou o entendimento e o debate de problemáticas que envolvem a sociedade. Ela ainda afirmou que a expectativa é de que as questões abordadas durante o seminário não fiquem apenas no âmbito do Legislativo, mas sejam levadas também ao Executivo, de forma a subsidiar a criação de políticas públicas que representem resultados na vida da população. 

Para o presidente do Conselho Regional de Nutricionistas de Minas Gerais e professor da Universidade Federal de Ouro Preto, Élido Bonomo, o volume de propostas recolhidas durante todo o processo do seminário, incluindo a consulta pública e os encontros regionais, representa o quanto a sociedade está disposta a participar, quando é chamada para debater questões do seu interesse.

Na sua opinião, o evento, que até agora se destacou pela organização, participação e conteúdo, trouxe para a Assembleia e para o governo do Estado uma grande responsabilidade sobre o futuro das 84 propostas de políticas públicas aprovadas no documento final. "Não podemos desapontar todos os que investiram nessa construção. Nossa expectativa é de que o trabalho não pare por aqui e que Minas Gerais seja um dos Estado a sair na frente no combate à pobreza", comentou.